MANAUS – Dois meses após homologar a Hapvida como plano de Saúde oficial dos servidores da Prefeitura de Manaus, o prefeito David Almeida é alvo de críticas, após o pronto-socorro da unidade ficar superlotado. Imagens recebidas por nossa equipe de reportagem mostram paciente em pé na fila, sem ter sequer uma cadeira para esperar atendimento.
A troca da Manausmed pela Hapvida, além de várias denúncias por suspeitas de direcionamento, agora é alvo de denúncias de atendimento precário. A empresa atende servidores da Prefeitura , mesmo possuindo índice de reclamações de 47,9% junto à Agência Nacional de Saúde (ANS).
A Hapvida foi contratada pelo valor de R$ 108 milhões por ano, em meio a várias críticas pela escolha do modelo de privatização da Saúde.
A Prefeitura de Manaus possui mais de 28 mil servidores segurados e mais de 12,7 mil dependentes atendidos pelo plano, que teve o contrato rescindido pela Seduc justamente por inoperância.
Além disso, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas (Sinteam) denunciou que a empresa jamais conseguiu atender a contento os servidores estaduais.
MULTA
Ano passado, a Hapvida foi multada pelo Procon. O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) multou em R$ 2.136.482,42 a operadora de plano de saúde que atua na capital, devido a condutas que atentam contra a dignidade humana no tratamento de crianças diagnosticadas com Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). A penalidade foi aplicada após mães de crianças com TGD denunciarem a descontinuidade da realização de terapia para crianças.
Confira o vídeo recebido por nossa equipe de reportagem nesta terça-feira (25) que mostra o caos que tomou conta do Pronto-Socorro da Hapvida.
“Lotado, um monte de gente aguardando na fila”, diz a paciente, que relata não ter nem onde sentar no Hospital Rio Negro, no Centro de Manaus.