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Se Gotham City conhecesse a Avantia, jamais precisaria do Batman

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São Paulo –  Se empreender já é coisa de herói, quem dirá empreender combatendo o crime. Veja como Silvio Aragão e Eduardo Ferreira Lima estão usando inovação para encarar de frente o problema da segurança no Brasil.

Pelas ruas escuras da cidade, um sujeito mal intencionado mira seu alvo. Ao mesmo tempo, a câmera da Avantia mira o sujeito. Do centro de controle, um especialista em monitoramento acompanha a movimentação e aciona a polícia, que chega ao local antes que algo mais grave aconteça e captura o meliante. Santa eficiência, Batman!

Poderia ser Gotham City, mas é Recife. Desde que o sistema de segurança da Avantia foi implementado por lá, a capital pernambucana observou uma queda de assassinatos de 60,8%. E a solução serve não só para espaços públicos, como para estabelecimentos privados também.

Por trás desse negócio, estão dois amigos de infância que a vida reuniu no empreendedorismo. Conheça a história de Silvio Aragão e Eduardo Ferreira Lima.

Sem medo

Quem passa pela rua e vê um homem correndo não imagina que ele seja maratonista, muito menos o quanto ele já treinou nas correrias dessa vida. Também não pensa que possa ser um empreendedor que usa a corrida justamente para desacelerar. Irônico, né? Mas a paixão de Silvio Aragão pelo esporte começou cedo. A propensão ao risco também – vide as aventuras do jovem surfista no mar de Recife, cheio de tubarões. Ótimo ensaio para quem resolveu mergulhar de cabeça no mundo dos negócios.

Aos 14 anos, Silvio já era office-boy no Banco do Brasil. Não precisa nem falar, “trabalho” é uma palavra que não assustava o garoto. Só que um ano depois, o pai perguntou o que ele já tinha construído e a maior conquista era ter juntado dinheiro para um aparelho de som no quarto. Levou uma bronca:

Foi o primeiro incentivo de Silvio para se tornar um empreendedor. Aquilo ali ficou reverberando em sua cabeça.

O pai tinha emprego fixo, mas sempre foi comerciante. Silvio seguia o exemplo de casa, vendendo sanduíches e camisas no Colégio Marista, onde estudava.

Quando era criança e alguém perguntava “o que você vai ser quando crescer?”, a resposta estava pronta: “eu vou ser engenheiro!”. Não deu outra. Já no científico (equivalente ao Ensino Médio), decidiu fazer Engenharia Elétrica.

Logo que entrou na faculdade, Silvio passou no concurso de escriturário do Banco do Brasil. Em seguida, foi promovido a assistente da gerência. Agora o turno era de 8 horas e, com a faculdade à noite e as práticas indispensáveis do tênis e do ciclismo, tinha acabado o tempo livre.

Deu certo por um tempo: era coerente com a personalidade inquieta e dedicada de Silvio. Mas quando o novo cargo começou a exigir que ele saísse cada vez mais tarde, foi preciso fazer uma escolha para não afetar a faculdade. Para espanto de todos, ele pediu para sair do cargo comissionado e voltou a ser escriturário, ganhando menos. O curso era puxado, afinal, e o foco nunca foi aprender a gerir um banco, e sim abrir uma empresa de engenharia.

Fecha negócio, abre negócio

Quase no fim da faculdade, o objetivo se realizou e Silvio abriu o primeiro negócio com um colega. Era bancário durante o dia, estudante à noite e empreendedor nas horas vagas. Às vezes, trabalhava até depois das aulas na empresa, que fazia instalações elétricas prediais e de pequenas subestações.

Quando concluiu a faculdade, passou a atuar no Departamento de Engenharia do banco, onde viu uma boa oportunidade de crescer dentro de sua área de atuação. Dessa vez, ele preferiu investir no conhecimento técnico e, para dar conta da responsabilidade, precisou dar um tempo da própria empresa. Não que o foco tivesse mudado: esses aprendizados, ele levaria para a próxima fase.

Essa fase, no entanto, poderia ser antecipada pelo próprio banco. Quando lançaram um programa de demissão voluntária, a premiação para quem aderisse era bastante atraente. Claro que não era fácil aderir. Aos 25 anos, Silvio já tinha um cargo de gerência e havia construído uma carreira de onze anos lá dentro. Tinha o emprego dos sonhos de todas as famílias nessa época: bom salário, estabilidade e prestígio. Só que esse era o sonho dos outros, não o dele.

Silvio conversou com muitas pessoas, mas até seu pai, que sempre foi seu grande incentivo para empreender, ficou na dúvida. Era hora de buscar outras opiniões.

“Fui conversar com meu avô, um homem muito sábio. Ele era escritor, historiador e jornalista. Contei meu dilema e meu sonho e ele não piscou duas vezes antes de responder:

Quis aprender mais sobre gerir empresas e buscou uma bolsa de mestrado em administração. Foi selecionado na Universidade Federal de Pernambuco. Durante o curso, ainda fazia alguns trabalhos como autônomo. Quando concluiu, em 1998, abriu a Aragão Engenharia.

Mão amiga para dar equilíbrio

A Aragão começou pequena, com um eletricista e um ajudante. No início, fazia instalações de automação industrial e bancária e instalações elétricas industriais, áreas que Silvio dominava muito bem. Mas tinha que se virar onde não era tão bom também: como em qualquer empresa incipiente, o empreendedor cuidava de tudo, da compra de materiais à folha de pagamento, e acompanhava a equipe durante a noite e aos finais de semana.

“Ralei e ralei muito – trabalhava de domingo a domingo. No ano em que casei, minha mulher falava: ‘eu acordo, você saiu; eu vou dormir, você não chegou’. Foi quando eu, de fato, comecei a dividir o tempo e a gestão da empresa com um sócio e a ter um cuidado maior com minha família”.

Silvio trouxe então o primeiro parceiro, o amigo Hamilton Valentim, que abraçou a causa e continua na empresa até hoje. Seis anos depois, veio o segundo sócio, Marcelo Poncel, e os negócios expandiram fortemente no mercado de infraestrutura de TI. Logo viria o terceiro sócio, o amigo de infância, Eduardo.

Candidato a empreendedor

Nascido em uma família de políticos, o menino Eduardo Ferreira Lima sempre soube o que não queria fazer: política. Seu pai, deputado federal perseguido pela ditadura, se mudou para a Argélia, onde já estava o amigo Miguel Arraes, três vezes governador de Pernambuco. A mãe, arquiteta, conseguiu trabalho na equipe de Oscar Niemeyer, figura que também morou por lá, durante o regime militar.

A família viveu onze anos no exílio, onde Eduardo nasceu. Voltou para o Brasil com oito anos de idade. Com doze, conheceu o amigo Silvio Aragão, mas seus caminhos demorariam a se cruzar novamente.

Desde muito jovem, Eduardo vinha se preparando para empreender, mas não tinha nem capital nem uma empresa para herdar. Como gostava muito de estudar, fez mestrado, fez curso fora, aprendeu várias línguas e se qualificou para entrar no mercado de trabalho e conquistar o máximo de experiência que pudesse. Tudo era parte de um plano.

Quando terminou a faculdade, Eduardo começou a trabalhar no Lloyds Bank. Aos 24 anos, surpreendido pelo fechamento do banco, teve a primeira iniciativa empreendedora. Com o começo do plano real, o mercado oferecia uma boa oportunidade: “tinha inflação de primeiro mundo com juros de terceiro mundo e não havia cultura de banco dar crédito para pequena e média empresa. Abri uma factoring voltada para esse nicho”.

Para viabilizar o negócio, Eduardo precisava de um capital de R$ 400 mil. Como já tinha os R$30 mil da rescisão, foi buscar um sócio para completar “só a pequena parte que faltava, os R$370 mil”, ele diz brincando. Procurou um grupo que foi cliente no banco e mostrou os planos. “Eles acreditaram em mim e começamos juntos o negócio. Essa empresa existe até hoje”.

Eduardo começou a investir em atividades bastante ecléticas, entre elas concessionárias de motocicletas, loteamento de casas populares e plantação de grãos no centro-oeste. Como ele não pode ser especialista em tudo, ressalta que, para garantir o sucesso, é importante ter alguém no negócio que já entenda do mercado.

O reencontro com Silvio foi acontecer quando ambos faziam MBA. O amigo já empreendia e Eduardo agora possuía capital suficiente para apostar em boas ideias. Foi quando, juntamente com sua esposa, Maria, fez a proposta de comprar 40% da Aragão Engenharia e impulsionar o crescimento da empresa. Como parte do acordo, ele assumiria a área comercial.

Nesse processo de expansão, também rebatizaram o negócio: Avantia, um nome marcante, que dá ideia de avanço e que teria um melhor encaixe com o setor de tecnologia.

Amigos, amigos, negócios à parte

A famosa frase acima não encontra eco na vida de Eduardo. As pessoas costumam brincar que, nas suas festas de aniversário, tem mais sócio que parente.

O segredo, diz, é saber escolher. Para Eduardo, sociedade é como um casamento. E ele recomenda para todo mundo, não só para contribuir na captação, mas para ter alguém que ajude a tomar decisões:

Se empreender já é coisa de herói, quem dirá empreender combatendo o crime. Veja como Silvio Aragão e Eduardo Ferreira Lima estão usando inovação para encarar de frente o problema da segurança no Brasil.

Pelas ruas escuras da cidade, um sujeito mal intencionado mira seu alvo. Ao mesmo tempo, a câmera da Avantia mira o sujeito. Do centro de controle, um especialista em monitoramento acompanha a movimentação e aciona a polícia, que chega ao local antes que algo mais grave aconteça e captura o meliante. Santa eficiência, Batman!

Poderia ser Gotham City, mas é Recife. Desde que o sistema de segurança da Avantia foi implementado por lá, a capital pernambucana observou uma queda de assassinatos de 60,8%. E a solução serve não só para espaços públicos, como para estabelecimentos privados também.

Por trás desse negócio, estão dois amigos de infância que a vida reuniu no empreendedorismo. Conheça a história de Silvio Aragão e Eduardo Ferreira Lima.

Sem medo

Quem passa pela rua e vê um homem correndo não imagina que ele seja maratonista, muito menos o quanto ele já treinou nas correrias dessa vida. Também não pensa que possa ser um empreendedor que usa a corrida justamente para desacelerar. Irônico, né? Mas a paixão de Silvio Aragão pelo esporte começou cedo. A propensão ao risco também – vide as aventuras do jovem surfista no mar de Recife, cheio de tubarões. Ótimo ensaio para quem resolveu mergulhar de cabeça no mundo dos negócios.

Aos 14 anos, Silvio já era office-boy no Banco do Brasil. Não precisa nem falar, “trabalho” é uma palavra que não assustava o garoto. Só que um ano depois, o pai perguntou o que ele já tinha construído e a maior conquista era ter juntado dinheiro para um aparelho de som no quarto. Levou uma bronca:

“A ESSA ALTURA, VOCÊ JÁ DEVERIA TER UM FITEIRO PARA VENDER BALAS NA PORTA DO COLÉGIO, ALGUM NEGÓCIO SEU”.

Foi o primeiro incentivo de Silvio para se tornar um empreendedor. Aquilo ali ficou reverberando em sua cabeça.

O pai tinha emprego fixo, mas sempre foi comerciante. Silvio seguia o exemplo de casa, vendendo sanduíches e camisas no Colégio Marista, onde estudava.

Quando era criança e alguém perguntava “o que você vai ser quando crescer?”, a resposta estava pronta: “eu vou ser engenheiro!”. Não deu outra. Já no científico (equivalente ao Ensino Médio), decidiu fazer Engenharia Elétrica.

Logo que entrou na faculdade, Silvio passou no concurso de escriturário do Banco do Brasil. Em seguida, foi promovido a assistente da gerência. Agora o turno era de 8 horas e, com a faculdade à noite e as práticas indispensáveis do tênis e do ciclismo, tinha acabado o tempo livre.

Deu certo por um tempo: era coerente com a personalidade inquieta e dedicada de Silvio. Mas quando o novo cargo começou a exigir que ele saísse cada vez mais tarde, foi preciso fazer uma escolha para não afetar a faculdade. Para espanto de todos, ele pediu para sair do cargo comissionado e voltou a ser escriturário, ganhando menos. O curso era puxado, afinal, e o foco nunca foi aprender a gerir um banco, e sim abrir uma empresa de engenharia.

Fecha negócio, abre negócio

Quase no fim da faculdade, o objetivo se realizou e Silvio abriu o primeiro negócio com um colega. Era bancário durante o dia, estudante à noite e empreendedor nas horas vagas. Às vezes, trabalhava até depois das aulas na empresa, que fazia instalações elétricas prediais e de pequenas subestações.

Quando concluiu a faculdade, passou a atuar no Departamento de Engenharia do banco, onde viu uma boa oportunidade de crescer dentro de sua área de atuação. Dessa vez, ele preferiu investir no conhecimento técnico e, para dar conta da responsabilidade, precisou dar um tempo da própria empresa. Não que o foco tivesse mudado: esses aprendizados, ele levaria para a próxima fase.

Essa fase, no entanto, poderia ser antecipada pelo próprio banco. Quando lançaram um programa de demissão voluntária, a premiação para quem aderisse era bastante atraente. Claro que não era fácil aderir. Aos 25 anos, Silvio já tinha um cargo de gerência e havia construído uma carreira de onze anos lá dentro. Tinha o emprego dos sonhos de todas as famílias nessa época: bom salário, estabilidade e prestígio. Só que esse era o sonho dos outros, não o dele.

Silvio conversou com muitas pessoas, mas até seu pai, que sempre foi seu grande incentivo para empreender, ficou na dúvida. Era hora de buscar outras opiniões.

“Fui conversar com meu avô, um homem muito sábio. Ele era escritor, historiador e jornalista. Contei meu dilema e meu sonho e ele não piscou duas vezes antes de responder:

“MEU FILHO, VOCÊ É UM HOMEM TRABALHADOR, ESTUDIOSO. NÃO TEM COMO DAR ERRADO NÃO. SAIA E MONTE SEU NEGÓCIO, QUE VAI DAR CERTO”. SILVIO ESCUTOU.

Quis aprender mais sobre gerir empresas e buscou uma bolsa de mestrado em administração. Foi selecionado na Universidade Federal de Pernambuco. Durante o curso, ainda fazia alguns trabalhos como autônomo. Quando concluiu, em 1998, abriu a Aragão Engenharia.

Mão amiga para dar equilíbrio

A Aragão começou pequena, com um eletricista e um ajudante. No início, fazia instalações de automação industrial e bancária e instalações elétricas industriais, áreas que Silvio dominava muito bem. Mas tinha que se virar onde não era tão bom também: como em qualquer empresa incipiente, o empreendedor cuidava de tudo, da compra de materiais à folha de pagamento, e acompanhava a equipe durante a noite e aos finais de semana.

“Ralei e ralei muito – trabalhava de domingo a domingo. No ano em que casei, minha mulher falava: ‘eu acordo, você saiu; eu vou dormir, você não chegou’. Foi quando eu, de fato, comecei a dividir o tempo e a gestão da empresa com um sócio e a ter um cuidado maior com minha família”.

Silvio trouxe então o primeiro parceiro, o amigo Hamilton Valentim, que abraçou a causa e continua na empresa até hoje. Seis anos depois, veio o segundo sócio, Marcelo Poncel, e os negócios expandiram fortemente no mercado de infraestrutura de TI. Logo viria o terceiro sócio, o amigo de infância, Eduardo.

Candidato a empreendedor

Nascido em uma família de políticos, o menino Eduardo Ferreira Lima sempre soube o que não queria fazer: política. Seu pai, deputado federal perseguido pela ditadura, se mudou para a Argélia, onde já estava o amigo Miguel Arraes, três vezes governador de Pernambuco. A mãe, arquiteta, conseguiu trabalho na equipe de Oscar Niemeyer, figura que também morou por lá, durante o regime militar.

A família viveu onze anos no exílio, onde Eduardo nasceu. Voltou para o Brasil com oito anos de idade. Com doze, conheceu o amigo Silvio Aragão, mas seus caminhos demorariam a se cruzar novamente.

Desde muito jovem, Eduardo vinha se preparando para empreender, mas não tinha nem capital nem uma empresa para herdar. Como gostava muito de estudar, fez mestrado, fez curso fora, aprendeu várias línguas e se qualificou para entrar no mercado de trabalho e conquistar o máximo de experiência que pudesse. Tudo era parte de um plano.

Quando terminou a faculdade, Eduardo começou a trabalhar no Lloyds Bank. Aos 24 anos, surpreendido pelo fechamento do banco, teve a primeira iniciativa empreendedora. Com o começo do plano real, o mercado oferecia uma boa oportunidade: “tinha inflação de primeiro mundo com juros de terceiro mundo e não havia cultura de banco dar crédito para pequena e média empresa. Abri uma factoring voltada para esse nicho”.

Para viabilizar o negócio, Eduardo precisava de um capital de R$ 400 mil. Como já tinha os R$30 mil da rescisão, foi buscar um sócio para completar “só a pequena parte que faltava, os R$370 mil”, ele diz brincando. Procurou um grupo que foi cliente no banco e mostrou os planos. “Eles acreditaram em mim e começamos juntos o negócio. Essa empresa existe até hoje”.

Eduardo começou a investir em atividades bastante ecléticas, entre elas concessionárias de motocicletas, loteamento de casas populares e plantação de grãos no centro-oeste. Como ele não pode ser especialista em tudo, ressalta que, para garantir o sucesso, é importante ter alguém no negócio que já entenda do mercado.

O reencontro com Silvio foi acontecer quando ambos faziam MBA. O amigo já empreendia e Eduardo agora possuía capital suficiente para apostar em boas ideias. Foi quando, juntamente com sua esposa, Maria, fez a proposta de comprar 40% da Aragão Engenharia e impulsionar o crescimento da empresa. Como parte do acordo, ele assumiria a área comercial.

Nesse processo de expansão, também rebatizaram o negócio: Avantia, um nome marcante, que dá ideia de avanço e que teria um melhor encaixe com o setor de tecnologia.

Amigos, amigos, negócios à parte

A famosa frase acima não encontra eco na vida de Eduardo. As pessoas costumam brincar que, nas suas festas de aniversário, tem mais sócio que parente.

O segredo, diz, é saber escolher. Para Eduardo, sociedade é como um casamento. E ele recomenda para todo mundo, não só para contribuir na captação, mas para ter alguém que ajude a tomar decisões:

“É MELHOR SER UMA PARTE DE UM NEGÓCIO MAIOR DO QUE SER SOZINHO NUM NEGÓCIO MENOR”.

Seus grandes aprendizados estão na construção de consensos, no respeito à posição e à ideia do outro.

“Quando entrei na Avantia, era o quarto sócio. Se todo mundo está cacarejando, você não pode chegar latindo. Tem que chegar com humildade, respeitando o que foi feito. Se você achou interessante entrar, é porque a empresa teve sucesso e você deve agregar no que pode trazer de novo”.

Começar pequeno e inovar sempre

Em 2002, Silvio e Eduardo vislumbraram novas oportunidades quando o mercado de segurança começou a migrar do mundo analógico para um mais tecnológico. Silvio fez um curso de segurança digital, comprou algumas câmeras IPs, montou um kit de demonstração e foi oferecer ao mercado o novo modelo baseado em uma tecnologia inovadora.

A iniciativa de empreender dentro da própria empresa teve sucesso e eles foram convidados para participar do primeiro projeto de videomonitoramento público de Recife. Com a melhor solução, a Avantia executou toda a parte de fibra ótica e instalação de equipamentos e ganhou uma grande credibilidade. Melhor ainda, iniciou uma nova fase de crescimento no setor de tecnologia de segurança.

Não pararam de se reinventar desde então. Hoje, a Avantia aposta em desenvolver soluções inovadoras que levem seus clientes a reduzir custos. Para isso, tem analistas de sistemas para desenvolver aplicativos e é uma das poucas empresas desse mercado com uma área de P&D dentro da companhia.

A busca por novas tecnologias também levou a Avantia a participar do Porto Digital de Recife, o que energiza a equipe para uma cultura de inovação. A adoção de uma filosofia de “corporate garage” é a mais recente delas. Um bom exemplo foi a compra de 50% de uma startup do Porto Digital, que desenvolveu uma solução de detecção de áudio, com sensores em postes acoplados a uma câmera. Com a aquisição, eles levaram a startup para dentro da Avantia e pretendem repetir a experiência.

Silvio afirma que o melhor conceito de inovação é ter uma solução para um problema real da sociedade:

Avantia, de avante

Eduardo fala que, na indústria de tecnologia, as pessoas têm que estar sempre antecipando tendências. “Quando o cara diz ‘to correndo atrás’ eu digo: ‘está atrasado, tem que correr na frente’”.

O investimento em novos setores foi um passo decisivo para o sucesso da Avantia. Hoje, o negócio conta com 430 funcionários e tem um faturamento de R$ 60 milhões por ano. Mas ainda é pouco, para o sonho e o impacto que pretendem alcançar. Silvio diz querer transformar a Avantia numa empresa de bilhão, empregar de 3 a 4 vezes mais pessoas e ajudar o país a desenvolver mais empreendedores.

Planos arrojados sempre fizeram parte da trajetória desses dois nordestinos determinados, que começaram suas jornadas muito cedo, investiram continuamente no aprendizado e trabalham duro. O valor disso tudo a gente não vê só nos números, mas na esperança de uma melhor qualidade de vida para todos.

Num país onde heróis às vezes fazem falta, Silvio e Eduardo fazem a diferença.
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