MANAUS (AM) – A Polícia Civil deu mais detalhes nesta sexta-feira (18) sobre a prisão em flagrante de dois militares das Forças Armadas, de 27 e 28 anos, pelos crimes de estelionato eletrônico e lavagem de capitais. Segundo as investigações eles deram cerca de R$ 5 milhões de prejuízo durante fraudes on-line.
De acordo com o delegado Ivo Martins, titular do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), as investigações tiveram início após das fraudes dos autores e denúncia. Com o apoio do Departamento de Inteligência e Polícia Judiciária (DIPJ), as diligências foram iniciadas, e, com o avanço das investigações, foi possível localizar os suspeitos, momento em que foi dada voz de prisão a ambos.
“A ação incluiu contatos interestaduais, com o departamento de polícia judiciária e inteligência de São Paulo, que se desenvolveu a partir da prisão de outro militar na capital paulista, pela prática de estelionato eletrônico e lavagem de capitais. O modus operandi consistia em realizar várias compras com cartão de crédito, totalizando cerca de R$ 5 milhões, em prejuízo nos meses de junho e julho, em aproximadamente 100 transações”, informou Ivo Martins.
Segundo o delegado, em seguida as compras eram canceladas, configurando um esquema de cashback. O valor então era transferido para as contas correntes dos envolvidos. No momento das prisões, os autores confessaram o delito. Dada a vasta documentação apresentada pela instituição bancária, ficou difícil contestar as provas.
De acordo com o delegado Denis Pinho, coordenador DIPJ, assim que a equipe recebeu as informações sobre os suspeitos, iniciou-se imediatamente o trabalho de localização deles. Foram reunidas todas as provas que confirmaram a prática delituosa da dupla, resultando em um trabalho de excelência com um desfecho positivo.
“A equipe do 19º DIP trabalhou incansavelmente na ação e, com todas as provas em mãos, foi possível identificar os autores. São dois militares, mas vale ressaltar que, em situações como essa, as instituições não estão envolvidas. As ações praticadas por eles são de caráter privado e não têm relação com as funções que desempenham”, afirmou Denis Pinho.
A dupla responderá pelos crimes de estelionato eletrônico e lavagem de capitais e permanecerá à disposição do Poder Judiciário.