X
    Categories: Destaque

Internautas que comemoraram morte de neto de Lula, são identificados pela Justiça

Foto: Reprodução

ADVERTISEMENT

Manaus-AM| Os internautas que comemoraram a morte do pequeno Arthur de 7 anos, vítima de uma meningite meningocócica, foram identificados pela Justiça paulistana. O menino, neto do ex-presidente Lula, morreu em março do ano passado.

Segundo as investigações, o perfil de Alessandra Strutzel, que se dizia blogueira, na verdade é de um morador de Campo Grande (RJ). Ele havia postado no Facebook o seguinte comentário: “pelo menos uma boa notícia”.

“Se nem ele [Lula] está triste, porque eu estaria”, afirmou o homem de iniciais L.A.S., na época.

Após o anúncio de que o ex-presidente processaria Alessandra, a falsa blogueira chegou a realizar uma vaquinha na internet alegando precisar de recursos para se defender.

“Amados e amadas, preciso de ajuda em qualquer quantia para me ajudar no processo que o ex-presidente moveu contra minha pessoa por conta de um comentário isolado”, afirmou. “Estou desesperada, tenho mãe acamada, me arrependi.” Lula cobrou uma indenização de R$ 50,3 mil.

O segundo ataque foi feito por Hudson Du Mato, apelido de H.L.C.M. “A Justiça de Deus não falha”, escreveu o internauta, de Belo Horizonte. “Lula tá só começando a pagar pelo tanto de vida que ele matou ao roubar dinheiro público da saúde.”, escreveu.

O ex-presidente pede uma indenização de um salário mínimo (R$ 1.045) e que o responsável seja obrigado a publicar eventual decisão condenatória em suas redes sociais.

O terceiro ataque foi feito por uma pessoa que se apresentava como Fernanda de Carvalho da Silva Carvalho da Silva, assim mesmo, com a repetição do sobrenome. Em um post, a usuária chamou Lula de “canalha”, e afirmou que o ex-presidente faria um “showmício” no velório do neto. “Vai ter ‘Lula livre’ no velório”, escreveu. O perfil, fake, estava associado a uma conta telefônica registrada no CPF de Wellington Melo Castro.

Processado por Lula, o homem afirma não ter sido ele o autor do texto. Disse à Justiça que o seu CPF foi usado de modo fraudulento para cadastrar a linha telefônica.

O juiz Maurício Tino Garcia não aceitou o argumento, afirmando que, além do CPF, o telefone está vinculado ao endereço correto de Wellington e que, portanto, o telefone pertence a ele.

A indenização, no entanto, não foi concedida pelo juiz. Ele considerou que o comentário feito pelo internauta é uma crítica política, ainda que de qualidade questionável, mas que não houve ofensa ao garoto. Referindo-se a Lula, disse que “suportar críticas ácidas é parte do ônus de uma figura política de expressão”. O ex-presidente recorreu a decisão.

Expressoam:

This website uses cookies.