RIO DE JANEIRO – O corpo de Karine Braz de Souza, de 30 anos, foi localizado pela Polícia Civil na tarde desta sexta-feira (19), enterrado sob o piso de uma loja no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. A vítima estava desaparecida desde setembro, quando o marido, Alberto Santana Eugênio, de 39 anos, registrou o sumiço.
Durante os interrogatórios, Alberto confessou o feminicídio e indicou o local onde havia ocultado o corpo. Ele foi preso temporariamente e o caso segue sob investigação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
Segundo a polícia, Karine foi morta a facadas, esquartejada e enterrada no imóvel, que havia sido alugado pelo próprio suspeito com o objetivo de esconder o cadáver. O casal tinha duas filhas, de 6 e 11 anos, que agora estão sob os cuidados de familiares.
As suspeitas sobre Alberto surgiram após inconsistências em seu depoimento. Um vizinho da vila onde Karine morava sozinha desde agosto relatou que a mulher apresentava o suspeito como “ex-marido” e demonstrava desconforto com sua presença, a ponto de trocar as fechaduras.
O mesmo vizinho contou à polícia que, no fim de agosto, viu Alberto retirar da casa uma lixeira grande, lacrada e aparentemente pesada. No dia seguinte, o suspeito realizou uma mudança repentina, retirando eletrodomésticos, móveis e a mesma lixeira, coberta com lençóis.
No imóvel, a perícia identificou manchas de sangue e resíduos de produtos de limpeza. Amigos e familiares relataram que o casal tinha histórico de conflitos, com episódios de abuso psicológico e controle possessivo por parte de Alberto.
A DDPA aguarda a decisão judicial sobre a conversão da prisão temporária em preventiva.
