MANAUS (AM) – A Polícia Civil revelou, nesta terça-feira (16), que a execução de Alexandre Araújo Brandão, 33, conhecido como “Xuruca do Japiim”, foi ordenada por André Trajano Feitosa, que permanece foragido. O motivo do crime seria uma disputa por pontos de venda de drogas no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus, onde a vítima já havia sofrido uma tentativa de homicídio antes de ser morto em Florianópolis.
Três suspeitos de participação direta no homicídio já foram presos: Rodrigo Nascimento Vieira, de 36 anos, João Victor da Silva Guimarães, de 26 anos, e Wellington Serafim Maximiano, de 48 anos. Considerado um dos chefes do Comando Vermelho (CV) em Manaus, Xuruca foi assassinado a tiros no bairro Campeche, em Florianópolis (SC), enquanto carregava o filho de 1 ano e 8 meses, que também foi atingido e sobreviveu.
Segundo o delegado Alex Bonfim Reis, da Polícia Civil de Santa Catarina, tanto a vítima quanto o mandante integravam a mesma facção, que atua no Japiim e também em Florianópolis. Após a divergência e tentativa de homicídio, Xuruca fugiu para Santa Catarina, mas o mandante do crime soube e planejou sua morte.
Ação planejada
De acordo com as investigações, André se aliou a João Victor e Wellington, viajaram para Santa Catarina e se reuniram com Rodrigo, outro integrante da facção já residente no estado.
Rodrigo ficou responsável por monitorar a rotina de Alexandre. Ele chegou a alugar um apartamento em um condomínio frequentado pela vítima durante visitas a familiares.
No dia do crime, após identificar que Alexandre havia ido ao local, Rodrigo acionou João Victor, apontado pela polícia como o executor. João Victor surpreendeu a vítima pelas costas e efetuou os disparos, que acabaram atingindo o filho bebê de Xuruca.
Após a ação, o mandante seguiu para o Rio de Janeiro e os demais envolvidos retornaram a Manaus, até serem presos.
Histórico de violência e tentativa anterior
Em julho de 2025, Alexandre já havia sobrevivido a uma tentativa de assassinato dentro de seu carro, uma Land Rover Discovery avaliada em cerca de R$ 500 mil, na Rua Nova Olinda, no Japiim.
Em 2024, Alexandre chegou a ser preso em flagrante em sua casa, no Campeche, em Florianópolis. Ele integrava o Conselho Permanente, instância máxima da facção. Conforme a Polícia Federal, ele fazia parte do alto escalão de uma organização criminosa com atuação no Amazonas e ramificações no Rio de Janeiro, sendo alvo de investigações por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de armas.







