MANAUS (AM) – A crise pública entre os deputados federais Antônia Lúcia e Silas Câmara ganhou contornos ainda mais graves neste fim de semana. Em resposta a uma nota do ex-marido sobre a separação, a deputada disparou novas e contundentes acusações, indo além das questões conjugais e envolvendo figuras da política, da igreja e da segurança pública. A alegação mais impactante foi a de que Silas Câmara faz uso de cocaína, tem duas amantes e usa dinheiro pública para bancar viagens com elas.

Em suas declarações, Antônia Lúcia revelou que o deputado federal mantinha relacionamentos extraconjugais com mulheres casadas, citando que uma delas teria alugado um apartamento na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, para encontros. Além disso, mencionou que uma vereadora do município de Rio Preto da Eva teria viajado com ele para São Paulo. “Viagem registrada para tratamento de saúde”, disse ela, ressaltando que o dinheiro foi da verba da Câmara Federal.

A parlamentar também denunciou a existência de 14 chips de celular registrados no CPF de Silas Câmara, o que, segundo ela, demonstra a extensão de uma rede de comunicação paralela.

Contudo, o ponto que elevou dramaticamente o tom da acusação foi a menção ao uso de drogas. Em um desabafo emocionado nas redes sociais, Antônia escreveu: “Pensei que já havia sido curado das drogas… Vi em páginas de jornais algemado por diluir cocaína”. A publicação foi acompanhada de um vídeo que mostra os dois discutindo dentro de um carro e com ela falando que estava indo com ele para o laboratório Sabin, para exame que iria confirmar ou não se ele usava cigarro eletrônico ou outras drogas.

As denúncias se estenderam ao campo político e religioso. Antônia acusou o irmão de Silas, o deputado estadual Comandante Dan, de atuar para intimidar lideranças dentro da Assembleia de Deus. Ela também citou um coronel do Tarumã, insinuando a existência de condutas irregulares que deveriam ser investigadas.

Agora, o que começou como uma exposição de desavenças pessoais transformou-se em um escândalo de amplas repercussões, pressionando ainda mais a imagem pública de Silas Câmara. As alegações de uso de entorpecentes e de articulações obscuras com figuras de poder devem manter o caso no centro do debate político e midiático nos próximos dias.

Silas, também por meio de nota, pediu perdão pela exposição. Disse que nunca abandou a família e que “traições, libertinagem ou qualquer coisa nesse sentido” não condizem com seu caráter.

Veja a nota de ambos: