Os presos envolvidos são reconhecidos como figuras centrais de uma facção que opera no município. Entre eles está Evenilson Ferreira, também chamado de “Pato” ou “Mistério”, considerado o principal líder do grupo, que coordenava atividades ilegais a partir da Rua Majoseca, no centro da cidade. Outro integrante de destaque é Caissonei Pena Silva, conhecido como “Neizinho da Majoseca”, apontado como braço direito de Mistério e responsável pelo gerenciamento do tráfico de drogas na região. Também foi transferido Arleson de Castro Andrade, o “Mamão”, que comandava as operações na Rua G, no bairro Pérola, e na Rua Moisés Bezerra. Completando o grupo, Eric André Rebelo Dias, o “Raridade”, atuava como elo de ligação entre a organização em Coari e membros em Manaus, facilitando o fluxo de armas, drogas e ordens.
A decisão de remover esses detentos da unidade local se deveu ao fato de que, mesmo presos, eles continuavam a comandar ações criminosas de dentro das celas. Por meio de aparelhos celulares, ordenavam em tempo real ataques a mão armada, homicídios de adversários e outras violências. Conforme explicou o tenente-coronel Pedro Moreira, comandante do 5º BPM em Coari, a localização do presídio dentro da área urbana e a falta de um perímetro de segurança adequado contribuíam para a ocorrência de frequentes tentativas de arremesso de itens ilícitos para dentro da unidade.
Com a transferência, as forças de segurança agora direcionam esforços para prender os colaboradores que executavam as ordens emitidas de dentro do cárcere. A polícia já tem identificados outros membros do grupo, todos suspeitos de participação em ataques com armas de fogo na cidade, e novas capturas são esperadas em breve.