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Viúva mobiliza cidade para descobrir assassino do marido e acaba presa como mandante do crime

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CUIABÁ – MT | Acusada pela Polícia Civil do Mato Grosso de ter planejado o assassinato do marido, a representante comercial Ana Cláudia Flor chegou a fazer mobilizações em Cuiabá (MT) para pedir a solução do crime contra o empresário Toni Flor.

A vítima foi assassinada com cinco tiros em 11 de agosto de 2020 em uma academia de lutas. À polícia, Ana Cláudia levantou a hipótese de que o marido teria sido confundido com algum policial. No entanto, a suspeita foi descartada, já que o agente da Polícia Rodoviária que frequentava a mesma academia só ia ao local pela tarde.

Enquanto a Polícia Civil investigava o caso, a representante comercial organizou passeatas, foi à televisão e consolou parentes. Um pouco mais de um ano após o crime, a viúva foi presa temporariamente acusada de ter planejado o assassinato do marido.

Segundo o delegado Marcel Oliveira da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá), a representante comercial havia encomendado o crime por meio de videochamadas feitas pelo WhatsApp com outros três suspeitos, em um acordo no valor de R$ 60 mil pela morte do marido.

De acordo com a polícia, o assassinato foi planejado após o empresário descobrir que estava sendo traído, e também porque Ana Cláudia tinha interesse em seus bens materiais. A mulher nega o envolvimento.

Além da mulher, mais três pessoas estão presas como suspeitas do crime. Ana Cláudia deve ir a júri popular e nega que seja a mandante do crime. O advogado dela diz que vai provar a inocência.

O CRIME

Toni Flor foi morto no dia 11 de agosto do ano passado enquanto chegava numa academia. As câmeras de segurança do local mostram ele entrando cambaleando no estabelecimento após receber 5 tiros. Ele chegou a ser resgatado e levado ao hospital, onde morreu.

De acordo com o G1, Ana Cláudia apresentou à polícia uma versão de que o marido teria sido morto por engano, e que o alvo era um agente da Polícia Rodoviária Federal que frequentava a mesma academia. Mas logo nos primeiros dias de investigação, a polícia descartou essa possibilidade, pois o agente malhava apenas à tarde.

Duas semanas depois, no dia 27 de agosto de 2020, num telefonema anônimo para a delegacia dizendo que um tal de Igor Espinosa teria matado um lutador de jiu-jitsu na porta de uma academia à mando da esposa da vítima.

Mesmo após a polícia negar a versão, Ana Cláudia seguiu dando entrevistas sustentando a possibilidade de engano. Além disso, ainda de acordo com o G1, passou a visitar a casa da sogra e organizou carreatas em homenagem à vítima.

O jogo mudou quando Espinosa foi preso e confessou que o crime foi encomendado pela esposa, que foi presa.

Ana Cláudia e Toni estavam casados há 15 anos.

Expressoam:

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