X

Suposta carta de Lázaro diz que ele ‘é protegido de Deus’ e pede perdão; polícia investiga

ADVERTISEMENT

GOIÁS | Uma moradora do Parque Águas Bonitas em Águas Lindas de Goiás entregou à polícia, na manhã desta sexta-feira (25/6), uma mochila que encontrou em casa. Dentro, havia roupas, cobertores e uma carta que supostamente teria sido escrita por Lázaro Barbosa Sousa, 32 anos, suspeito de assassinar quatro pessoas da mesma família em Ceilândia Norte, balear três e manter pessoas como reféns. A polícia investiga a autoria dos pertences e da carta.

A carta apresenta erros de português e foi escrita em uma folha arrancada de um caderno. Logo no começo, o autor saúda o Brasil e se identifica como Lázaro Barbosa Sousa. “Não sei muito escrever […] [Não] Estou aqui para me justificar, pois nada justifica tamanha crueldade”, começa.

Na carta, Lázaro conta que nasceu no interior da Bahia e trabalhava “sofrido” para ganhar R$ 5 por dia. “Saí da minha escola para trabalhar como muitos”. Em outro trecho, ele cita brevemente sobre o irmão, assassinado aos 18 anos e comenta sobre a “vida no mato”. “Eu aprendi a viver no mato, porque minha mãe vivia com nós no mato. Com 13 anos eu saí de casa e vim para o Goiás atrás de uma vida melhor”.

Em outros trechos da carta, Lázaro fala sobre a tia, a mulher e as vivências dentro do presídio. Em 2009, ele foi preso por roubo e estupro no Complexo Penitenciário da Papuda. Por oito anos, Lázaro ficou detido até 2016, quando ganhou a progressão de regime e foi transferido ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Na Páscoa, ele saiu e não mais retornou.

A carta, a mochila e os objetos contidos nela serão periciados. Ainda não é possível afirmar que as páginas foram escritas por Lázaro, nem quando foram redigidas.

Expressoam:

This website uses cookies.