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Secretário de cultura é desmoralizado após anunciar prêmio com trecho nazista

Foto: Reprodução

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Rio de Janeiro| Na noite desta quinta – feira (16), o secretário de Cultura, Roberto Alvim, publicou um vídeo em sua conta no Twitter, no qual reproduziu trechos do discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler. O vídeo é um anúncio do Prêmio Nacional das Artes, lançado horas antes em live com a participação do presidente Bolsonaro.

Compare os trechos do discurso de Goebbels, com a de Alvim:

“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”, disse o ministro de cultura e comunicação de Hitler em um pronunciamento para diretores de teatro, segundo o livro “Goebbels: a Biography”, de Peter Longerich.

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”, afirmou Alvim no vídeo postado nas redes sociais.

Após a divulgação, o público reagiu de forma negativa e pediu a retirada de Alvim do cargo.

Além dos trechos, a estética e a trilha sonora escolhida, também fez personalidades compararem a divulgação à propaganda nazista. A música de fundo, da ópera “Lohengrin”, é uma obra que Hitler declarou ter sido decisiva em sua vida.

O enquadramento do vídeo gravado, mostra um retrato do presidente Bolsonaro e uma cruz. “A cultura é a base da pátria. Quando a cultura adoece, o povo adoece junto. E é por isso que queremos uma cultura dinâmica, mas ao mesmo tempo enraizada na nobreza de nossos mitos fundantes”, diz o secretário.

Na manhã desta sexta (17), o presidente Jair Bolsonaro demitiu Alvim e repudiou a fala do ex- secretário. “Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”, afirmou Bolsonaro.  “às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas” e manifestou “total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum”.

Expressoam:

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