MANAUS (AM) – Em pronunciamento realizado nesta segunda-feira (28), o deputado Roberto Cidade (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), respondeu às críticas sobre sua recente viagem particular à Grécia. O parlamentar afirmou ter agido dentro da normalidade e ressaltou a origem dos recursos utilizados.
“Estava de recesso parlamentar, cumpri todas as minhas obrigações como presidente da Aleam, e viajei com o meu próprio dinheiro. Não devo nada a ninguém e estou tranquilo para responder à população com clareza e transparência”, explicou.
Durante sua manifestação, Cidade estabeleceu um paralelo entre sua conduta e a de outros gestores públicos que enfrentam investigações por suposto uso irregular de verbas oficiais. “A população é sábia, sabe quem age com responsabilidade e quem tenta fazer política baseada em maldade”, declarou.
O discurso fez alusão explícita à viagem do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), à ilha caribenha de St. Maarten, ocorrida durante um período de problemas na infraestrutura urbana da capital. Sobre o assunto, o presidente da Aleam foi contundente: “Enquanto eu prestei contas e deixei tudo claro, o prefeito ficou em silêncio e ainda mentiu sobre os custos. Quem não deve, não teme. Quem esconde, é porque tem algo a temer”.
O caso mencionado por Cidade refere-se à declaração do prefeito sobre ter gasto R$ 18 mil em sua viagem, informação que foi questionada por análises técnicas e matérias jornalísticas que apontaram possíveis inconsistências nos valores declarados. As suspeitas levaram à abertura de procedimentos investigativos pelo Ministério Público estadual e pelo Tribunal de Contas do Amazonas.
No âmbito político, analistas interpretaram a fala do presidente da Aleam como uma estratégia para se contrapor a adversários e, potencialmente, se posicionar para futuras disputas eleitorais. Ao finalizar sua exposição, Cidade reafirmou: “Estou tranquilo. Tenho compromisso com o povo do Amazonas e sigo trabalhando com responsabilidade. Quem me conhece, sabe da minha conduta”. O caso continua a gerar debates sobre os limites entre vida particular e atuação política de representantes eleitos.







