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    Categories: tragédia

Registro fotográfico mostra como ficou cemitério em Manaus em pouco mais de 1 mês

Foto: Edmar Barros

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MANAUS – AM | O fotógrafo Edmar Barros conseguiu capturar a diferença que o cemitério Nossa Senhora de Fátima, localizado no Parque Tarumã, sofreu em apenas 37 dias. As imagens ganharam destaque internacional.

Embora nem todos os enterros realizados nesse período tenham sido por coronavírus, o aumento de óbitos se deu justamente devido a pandemia, e ainda que o número de casos relacionados à Covid-19 aumentem no estado, o número de enterros tem decaído.

De acordo com o fotógrafo, a comparação surgiu “sem querer”, mas ainda assim, acabou recebendo algumas críticas. A ideia inicial era, na verdade, de mostrar o trabalhador indo na direção de mais um sepultamento, e acabou servindo para fazer o registro sob outra perspectiva.

“A intenção da primeira foto não era nem mostrar o terreno vazio. A intenção era mostrar o trabalhador caminhando com a pá, e lá nos fundos os túmulos onde o enterro acontecia”, explica.

Edmar, que é fotógrafo há 15 anos, relata que os últimos meses têm sido de estresse, devido os obstáculos encontrados para tentar cobrir os acontecimentos voltados para a pandemia, mas também de muita tristeza e comoção em relação a tantas perdas.

“Muita tristeza pela perda das famílias, que é o que mais me comove. E muito estresse também, porque várias vezes a gente foi impedido de trabalhar e o pessoal criando problemas para gente entrar”, disse ele.

Este não é o primeiro trabalho marcante de Edmar. Ele também já registrou outros acontecimentos não só no Amazonas, como alguns massacres em unidades prisionais de Manaus, o incêndio no bairro Educandos e a desocupação do Monte Horebe, e também o desastre nacional que marcou o país em 2019, que foi o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG).

Expressoam:

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