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Polícia investiga se delegados abusaram sexualmente de mulher em casa de shows

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Manaus – Cinco delegados da Polícia Civil  do Amazonas estão sendo investigados por agredirem e intimidarem um casal em uma casa de show localizada na avenida do Turismo, bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus. A confusão ocorreu na semana passada e começou depois que um dos delegados passou as mãos nas partes íntimas da mulher.  O caso será encaminhado para a Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). As informações são do Portal Acrítica.

Até ontem, três delegados já tinham sido identificados, inclusive, reconhecidos pela vítima, conforme informou ontem o delegado João Tayah, plantonista do 9º Distrito Integrado de Polícia (DIP) .

O secretário de Segurança Pública, Carlos Alberto Andrade, disse que as investigações estão em andamento de forma criteriosa e que são sigilosas, para a proteção das vítimas. Com medo, a mulher não queria prestar depoimento.

Agora a polícia está tentando identificar os demais envolvidos, já que a direção da casa não forneceu as imagens das câmeras de segurança do ambiente.  As vítimas e dois funcionários da casa foram ouvidos em depoimento ontem. Os funcionários confirmaram que houve a confusão na casa.

De acordo com o delegado João Tayah, as investigações começaram depois que chegou ao conhecimento da polícia que um casal tinha sofrido abuso abuso de autoridade por parte de alguns agentes da Polícia Civil, que mais tarde foram identificados como delegados.

Conforme João Tayah, a confusão teve início com um ato libidinoso praticado por um desses delegados contra a vítima sem o seu consentimento.  “Ela estava comemorando o aniversário do seu esposo nesse estabelecimento, quando um desses delegados passou a mão nas partes íntimas da vítima”, contou o delegado.

Diante da agressão, o esposo da vítima reagiu e partiu para cima do abusador, que sacou a arma de fogo contra o casal e os outros policiais também sacaram suas armas apontando em direção ao casal, conforme João Tayah. Nesse momento, os seguranças da casa retiraram o casal para fora, assim como os delegados que portavam arma de fogo.

Após serem colocados para fora, outro delegado praticou mais um ato abusivo contra a moça, pegando pelo pescoço dela apontando a arma para a sua cabeça, fazendo várias ameaças contra o casal dizendo que iam fazer ”casinha” para eles, como plantar droga no carro do homem. Eles fotografaram os carros das vítimas.

‘Com quem a população vai contar?’

O caso veio à tona depois que vítima fez uma publicação no seu perfil no  Facebook denunciando o que aconteceu, afirmando  que os envolvidos na confusão  eram agentes da polícia.
De acordo com o delegado João Tayah,  a polícia está preocupada com a imagem institucional e o cargo de delegado da Polícia Civil.  “Nós temos essa preocupação. Se os policiais virarem criminosos, com quem a população vai poder contar”, comentou João Tayah.

O delegado informou que já foi instaurado inquérito policial, mas não revelou em qual DIP, para  preservar as investigações de possíveis influências externas.

Caso vai parar no Ministério Público do Estado

O delegado João Tayah disse que ele mesmo começou as investigações e foi atrás da vítima. Outros delegados estão participando das investigações  do caso que, além da Corregedoria, será encaminhado para a Procuradoria do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público do Amazonas.

Suborno e ocultação de provas

João Tayah disse que recebeu denúncia de que esse delegados “estariam subornando agentes públicos e privados para fazer a ocultação das provas, em especial à filmagem”.  O delegado  João Tayah disse ainda que estão sendo tomadas todas as providências cabíveis “para apurar as provas materiais da autoria desses delegados de polícia e também da materialidade do crime”.

“Fazemos uma apelo a todas as pessoas que estavam nessa casa de show no dia do dia 12 de setembro para o dia 13 que tenham visto o que aconteceu que nos procure. O meu telefone é 9 9199-0909 para qualquer pessoas que tenha vídeo ou outra informação”, apelou.

Expressoam:

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