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PMs suspeitos de sequestrar lutador neozelandês no RJ são presos

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Rio – A Polícia Militar (PM) prendeu administrativamente dois policiais militares suspeitos de terem sequestrado e extorquido o lutador neozelandês de jiu-jitsu Jason Lee. O crime aconteceu no último sábado (23), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando o atleta retornava de um competição.

Os policiais do Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE) estão à disposição da Corregedoria Interna da PM. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, o caso está sendo apurado e se alguma conduta inadequada for comprovada, os policiais serão submetidos a processo administrativo disciplinar e podem ser expulsos.

Na tarde da última segunda-feira, o lutador publicou no seu Twitter que PMs chegaram ao seu apartamento de surpresa, mas ele se recusou a atendê-los. “Eu não deixei que eles entrassem, liguei para a minha embaixada e estou esperando a Polícia Civil”, disse. “A Polícia Civil havia me garantido que a PM não teria acesso aos meu dados”, publicou ele.

No fim da noite de segunda-feira, Jay voltou a usar o Twitter para agradecer o apoio de amigos e parentes nas redes sociais e avisar que ele e a namorada, a jornalista Laura McQuillan, estavam bem. “Estamos seguros! Obrigado pelas mensagens de todos. Obrigado pelo apoio!”, escreveu ele.

Laura já havia usado o Twitter para acusar a PM de sequestrar o namorado, mas a corporação respondeu apenas que não havia registrado esta ocorrência e não forneceu outras informações.

A PM informou que “não tolera desvios de conduta e atos como esse entristecem os quase 50 mil policiais militares honestos que combatem o crime diariamente”, diz a nota.

Segundo Jay, a polícia alegou que ele, por ser estrangeiro, não poderia estar dirigindo um carro alugado sem passaporte. “Eu sei que é mentira. A companhia que alugou para mim não mencionou isso em nenhum momento”, afirmou o lutador.

Condutores habilitados em países estrangeiros podem dirigir no Brasil, caso regulares, se seus países forem amparados por uma convenção internacional, o que é o caso da Nova Zelândia. Segundo o Detran, depois de 180 dias no país, o indivíduo deve passar por exames físicos e psicológicos e passar a portar a Carteira Nacional de Habilitação brasileira. Não há menção de passaporte.

Jason disse que os policiais o abordaram e o ameaçaram com prisão, caso ele não entrasse no carro da polícia. O neozelandês, que vive há dez meses no Rio, contou ainda que os policiais o levaram a caixas eletrônicos, para que ele sacasse dinheiro e pagasse um suborno aos agentes.

A Polícia Civil investiga o caso através da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat).

 

Expressoam:

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