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Padre suspeito de desvios em igreja é afastado das funções

Foto: Reprodução

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Goiânia-GO| A arquidiocese de Goiânia suspendeu temporariamente o direito do padre Robson de Oliveira de realizar celebrações. Nesse domingo, 23, a arquidiocese definiu que o padre, que é investigado pelo Ministério Público de Goiás por supostos desvios de doações de fiéis em valores que podem superar R$ 120 milhões, está proibido de qualquer ato de ministério sacerdotal, como a absolvição de pecados e pregação, assim como “participar, realizar e protagonizar programas de televisão, rádio ou internet”. Segundo o decreto, o religioso está afastado de suas funções religiosas até janeiro de 2022.

A nota sobre a revogação foi assinada pelo Arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, e pelo chanceler Dom Levi Bonatto e tem como justificativa “a necessidade de prevenir escândalos, garantir o curso da justiça e tutelar a fé, bem como investigar as acusações realizadas contra o padre Robson de Oliveira”.

O padre já havia se afastado da reitoria do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, de Trindade (GO), e da presidência da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade que recebe e administra os recursos recebidos em doação.

De acordo com o decreto, padre André Ricardo assumiu o cargo de padre Robson na Basílica de Trindade.

Em vídeo divulgado no sábado, 22, padre Robson havia manifestado o interesse em continuar com as orações transmitidas diariamente pela TV Divino Pai Eterno, o terço e a novena, logo após se afastar das atividades administrativas da igreja e da associação.

Em nota encaminhada à imprensa na noite de domingo (23), pela assessoria, o religioso afirma que “recebe com humildade a revogação temporária do uso de ordens. Trata-se de um procedimento previsto no direito canônico” e que ele seria “o maior interessado no esclarecimento de todas as questões e na total transparência de todas as suas ações”.

Padre Robson é investigado pela Operação Vendilhões, deflagrada na sexta-feira (21), por suposta apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal.

Expressoam:

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