X
    Categories: Homofobia

Padre chama repórter da Globo de ‘viadinho’ durante missa: “amor é só entre homem e mulher”

ADVERTISEMENT

MATO GROSSO | Um padre da Paróquia de Tapurah, no Mato Grosso, identificado como Paulo Antônio Müller, xingou o repórter da Globo Pedro Figueiredo e seu marido, Erick Rianelli, também jornalista, os chamando de “viadinho”. Erick foi parar nos noticiários, em 2020, quando desejou feliz Dia dos Namorados ao seu marido, no encerramento do Bom Dia RJ, telejornal local da Globo e nesta última terça-feira, 16, o caso voltou à mídia.

Os evidentes ataques homofóbicos destilados pelo religioso ganharam repercussão após o ativista Antonio Isuperio, defensor de direitos humanos, postar um trecho da missa em que o padre fala abertamente com palavreado chulo sobre relacionamentos homoafetivos.

“Pega a Bíblia e olha o Livro Gênesis: Deus criou o homem e a mulher. Isso que é casamento. Que chame a união de dois viados e de duas lésbicas de qualquer coisa, mas não de casamento, por favor. Isso é falta de respeito para com Deus (sic). Isso é sacrilégio, é blasfêmia. Casamento é coisa bonita e digna. O sentimento do amor é entre homem e mulher, marido e mulher”, falou o pároco.

Continuando o mesmo discurso homofóbico, ele nomeia o afeto do casal de “ridículo”.

REPÓRTER COMENTA OFENSAS

Nesta quarta-feira, 16, o repórter da Globo Pedro Figueiredo, se manifestou a respeito dos xingamentos homofóbicos feitos pelo padre Paulo Antônio Müller.

Na publicação, Pedro publicou o registro do momento em que o marido manda recado amoroso a ele junto com uma legenda de respostas aos ataques homofóbicos que os dois vêm recebendo nas redes sociais.

“Quem nunca sonhou em receber uma declaração de amor na TV!? Eu tive essa sorte. Foi no ano passado, no dia dos namorados. Os repórteres e as repórteres que estavam ao vivo no Bom Dia Rio se declararam pra seus amores”, começou.

“Naquele dia, o @erickrianelli era o único LGBT do grupo. E a mensagem viralizou. Foi espontâneo, foi sincero, mas também foi um canhão de afeto. Inspirou e representou muita gente. Agora, um ano depois, voltou a viralizar…”, continuou.

“Dessa vez acompanhada por mensagens de ódio. Temos um profundo respeito por todas as religiões. Acreditamos no afeto e em seu poder de transformação. A Oração de São Francisco diz: ‘Onde houver ódio, que eu leve o amor’. É assim que vamos seguir em frente. Obrigado a todas as mensagens de carinho que temos recebido ❤️”, finalizou a publicação.

Expressoam:

This website uses cookies.