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    Categories: Política

Omar Aziz defende nova lei do licenciamento ambiental e critica ‘discursinhos’ dos opositores da proposta

Para Aziz, a legislação é um passo estratégico para destravar obras como a BR-319 (Manaus-Porto Velho) e garantir acesso a serviços básicos. Foto: Reprodução/Instagram

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BRASÍLIA – O senador Omar Aziz (PSD-AM) consolidou-se como um dos principais defensores da nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021), aprovada pelo Senado com 54 votos a favor e 13 contra, na última quarta-feira (21). Em discurso contundente, o parlamentar amazonense rejeitou as críticas ao projeto com um argumento central: “Não me venham com discursinhos, porque quem sabe o que é viver na Amazônia é quem mora lá”.

Aziz destacou que a legislação é fundamental para destravar obras estratégicas como a pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, além de acelerar o acesso da população a serviços básicos como saúde, educação e transporte, historicamente prejudicados pela excessiva burocracia ambiental. O senador foi incisivo ao criticar o que chamou de visão distante e idealizada da região: “Não é quem toma chope em Copacabana que entende nossa realidade”, ironizou, referindo-se aos opositores da proposta.

Em seu pronunciamento, Aziz confrontou diretamente as narrativas que, em sua avaliação, romantizam a vida na floresta: “É mentira dizer que o indígena não quer celular, energia ou água potável. Eles querem, sim, viver com dignidade. Só que alguns preferem mantê-los isolados em nome de uma preservação que só serve para quem está de fora”.

A nova lei, que prevê mecanismos como o licenciamento simplificado e a ampliação da Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC), representa, segundo o parlamentar, um equilíbrio necessário entre desenvolvimento e preservação, adaptado às realidades locais. No entanto, o projeto enfrenta resistência de organizações como o Greenpeace e a Coiab, que alertam para o risco de fragilização dos mecanismos de proteção ambiental e da participação dos povos indígenas, especialmente pela restrição da consulta prévia a territórios já demarcados.

Com o texto agora encaminhado para sanção presidencial, o debate ganha ainda mais relevância diante da preparação do país para sediar a COP30 em 2025. Para Omar Aziz, no entanto, a questão permanece clara: as políticas para a Amazônia devem ser construídas por quem vive seus desafios cotidianos, não por quem observa de longe.

Expressoam:

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