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Odebrecht diz que caixa 2 para José Serra foi pago em conta na Suíça

SP - FIESP/JOVENS EMPREENDEDORES - POLÍTICA - O ex-prefeito, governador e ministro José Serra participa do painel "Desenvolvimento Econômico no Brasil", dentro do VII Congresso Paulista de Jovens Empreendedores na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na capital, nesta segunda-feira (28). 28/11/2011 - Foto: HELVIO ROMERO/AGÊNCIA ESTADO/AE

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Brasília – A Odebrecht apontou dois nomes como operadores de R$ 23 milhões repassados pela empreiteira via caixa dois àcampanha presidencial de José Serra, agora ministro no governo de Michel Temer, na eleição de 2010. Parte do dinheiro foi transferida por meio de conta na Suíça, em um acerto com o ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho, ex-PSDB e hoje no PSD, que fez parte da coordenação política da campanha.

Já o caixa dois operado no Brasil foi negociado com o ex-deputado federal Márcio Fortes (PSDB), próximo de Serra. Fortes também atuou nas campanhas de Fernando Henrique Cardoso na década de 1990 e na de 2014 de Aécio Neves.

Tais repasses, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, foram mencionados por dois executivos na delação premiada da empreiteira, nas negociações do acordo com a PGR em Brasília e com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. São eles Pedro Novis, presidente do grupo entre 2002 e 2009 e atual membro do conselho administrativo da holdingOdebrecht S.A; e o diretor Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, que atuava no relacionamento com políticos de São Paulo e na negociação de doações para campanhas.

Novis e Paschoal fazem parte do grupo de 80 funcionários que negociam a delação, e também dos que já estão com os termos definidos, como penas e multas a pagar. A assinatura dos acordos deve ocorrer em meados de novembro.

O tucano é chamado de “vizinho” em documentos internos da empreiteira, por ter sido vizinho de Pedro Novis, e também chegou a ser identificado como “careca”.

A Odebrecht promete entregar à Lava Jato comprovantes de depósitos feitos na conta no exterior e no Brasil. Os depoimentos dos funcionários terão início após a assinatura dos acordos de delação. Depois, o material será encaminhado ao relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, para homologação.

José Serra disse ao jornal paulista, por meio de sua assessoria de imprensa, que “não vai se pronunciar sobre supostos vazamentos de supostas delações relativas a doações feitas ao partido em suas campanhas”. “E reitera que não cometeu irregularidades.”

Ronaldo Cezar Coelho disse que não vai comentar até ter acesso aos relatos dos executivos, e negou que tenha feito arrecadação para o tucano. “Como fundador do PSDB, Ronaldo Cezar Coelho participou de todas as campanhas presidenciais da sigla”, informou o advogado de Cezar Coelho, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.

 

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