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Japonês da Federal é preso em Curitiba

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Curitiba – Newton Ishii, que ficou conhecido como “japonês da federal” ao escoltar presos e investigados da Operação Lava Jato, foi preso esta manhã em Curitiba. O agente, investigado pela Operação Sucuri, foi condenado a quatro anos e dois meses, por estar envolvido no grupo de agentes que facilitavam a entrada de contrabando no país.

Muito citado na Operação Lava Jato, Newton Ishiiincluisive foi um dos participantes  que  deram parecer na gravação que levou à prisão o senador Delcídio Amaral, em Brasília. No áudio, o senador fazia tratativas com o chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, o advogado Edson Ribeiro e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Bernardo, buscando um plano de fuga para Cerveró, que estava preso na carceragem da PF em Curitiba.

O agente é citado durante a conversa quando o grupo discute quem estaria vazando informações para revistas. Delcídio chega a chamar um policial que seria ele de “japonês bonzinho”, sendo tratado como o responsável pela carceragem da PF em Curitiba, para onde são levados os presos da Lava Jato

Em declaração a Polícia Federal disse, na ocasião, que iria apurar se o nome citado na conversa era o do agente.

Réu na Operação Sucuri

O agente é réu em uma ação que surgiu a partir da Operação Sucuri. As investigações mostraram que os agentes facilitavam a entrada de contrabando no país, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O caso tramita sob segredo de Justiça.

Esta é a primeira vez em que os processos relativos à Operação Sucuri, deflagrada em 2003, resultam em prisão de qualquer um dos acusados. O caso seguia em segredo de justiça. Em 2009, entretanto, a Justiça Federal em Foz do Iguaçu informou que os agentes federais haviam recebido penas que variavam entre oito anos, um mês e 20 dias de reclusão a quatro anos e oito meses, além de multas.

Ishii também foi citado na mesma gravação que levou à prisão o senador Delcídio do Amaral, que revelava uma negociação de fuga para Nestor Cerveró, preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Na conversa, Delcídio chega a citar o policial como “japonês bonzinho”, sendo tratado como o responsável pela carceragem da PF em Curitiba, para onde são levados os presos da Lava Jato.

Celebridade
Com a Operação Lava-Jato, Newton Hidenori Ishii ganhou não só apelido de ‘japonês da Federal’ – que lhe rendeu muitos memes nas redes sociais. No dia 17 de fevereiro passado, Ishii ” foi passear” na Câmara dos Deputados. De férias e à paisana, Ishii circulou pelo plenário e foi tietado por parlamentares, assessores e seguranças.

Antes de visitar a Câmara, o ‘japonês da Federal’ participou da posse da diretoria da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e aceitou o convite do deputado Aluísio Mendes (PTN), ex-agente da PF, para visitar o Congresso.

Carnaval
No carnaval deste ano, o ‘japonês da PF’ virou máscara. Em 2015, ele havia sido homenageado com uma marchinha e um boneco de Olinda. A máscara do rosto de Ishii foi confeccionada em dois modelos, com e sem óculos.

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