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Indígenas de 27 etnias do AM ocupam sede da Seduc

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Manaus – Indígenas de 27 etnias do Amazonas ocuparam, na manhã desta quinta-feira (18), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no bairro Japiim, zona sul. O grupo, de aproximadamente 800 pessoas, segundo os organizadores, se reuniu por volta das 7h no Centro de Convivência do Povos da Amazônia e depois se dirigiu a Secretaria de Produção e Abastecimento Rural, em marcha.

De acordo com um dos responsáveis pela 1ª Marcha Pela Educação Escolar Indígena, Gersoem Baniwa, o grupo pede melhorias para a educação. “Reivindicamos melhorias para os estudantes indígenas. Nossas crianças estudam debaixo das árvores”, explicou.

Entre as revindicações do grupo estão melhor qualidade da Educação Escolar Indígena; encaminhamento de material didático; formação dos professores, conselheiros, agentes indígenas de saúde; uso das línguas indígenas como língua de instrução; reconhecimento dos calendários, currículos diferenciados.

O representante afirmou que o grupo ficará na sede da secretária até serem recebidos pelo secretário da Seduc, Rossieli Soares . “Tínhamos uma reunião marcada com o secretário, mas ele viajou, o que é muito sério. Por isso, vamos ficar aqui até que eles nos receba. Mas vamos deixar os servidores trabalharem. Estamos pedindo apoio na alimentação para todos”, disse.

Estão presentes representantes índios das etnias Baniwa, Sataré, Muduruku, Tucano, Tikuna, Baré, Miranhã, Madija, Macunadebe, entre outros.

Seduc

A secretária em exercício da Seduc, Calina Hagge, explicou que, durante a manhã, foi realizada uma reunião com 10 representantes do grupo. “Recebemos a comissão e protocolamos todas as revindicações. A maioria dessas são pautas nossas, que pretendemos cumprir. Vamos discutir o que podemos melhorar”, contou.

Sobre a ausência do secretário, Calina comentou que é direito do grupo solicitar a presença do representante. “É o direito deles, essa escolha por conversar com o titular da pasta, mas ele está viajando e deve chegar no final da tarde. Está em uma agenda do Ministério da Educação”, afirmou, acrescentando que a secretaria está com todas as atividades sendo realizadas normalmente.

Ufam

Dois ônibus com 30 manifestantes foram para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), onde continuarão a 1ª Marcha Pela Educação Escolar Indígena.

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