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Indígena morre após 90 dias com bisturi deixado no intestino por cirurgião

Com bisturi cirurgico na mão, o tuxaua Cassiano Yanomi Liderança, é pai da vítima que teria falecido com o instrumento no intestino

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SANTA ISABEL DO RIO NEGRO (AM) – Uma indígena de 20 morreu após ficar 90 dias com um bisturi no intestino. O caso aconteceu em Santa Isabel do Rio Negro, interior do Amazonas e foi denunciado neste domingo (20), pelas Lideranças indígenas yanomamis da comunidade Bicho Açu,

Os líderes da tribo acusam o médico cirurgião Antônio Peruano, de causar a morte Keliane Goes Yanomami.

Segundo os denunciantes, eles perceberam o objeto quando recolhiam as cinzas da vítima, após um ritual de cremação, comum na cultura deles. O objeto foi anexado junto à denúncia entregue à Justiça.

A jovem passou por uma cirurgia de cesárea no dia 8 de fevereiro deste ano, mas depois que recebeu alta, Keliane continuou com um sangramento incessante, mesmo assim foi mandada para casa no dia 12 de fevereiro.

Como o sangramento não parava e a situação dela não melhorava, a família a encaminhou novamente ao hospital de Santa Isabel no dia 3 de março, de lá a indígena foi transferida para o capital, para o hospital Platão Araújo, e de lá encaminhada para a UTI da maternidade Ana Braga, onde ficou internada por três dias.

Sem apresentar melhoras, ela foi removida ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto para realizar uma endoscopia que constatou um ferimento grave no estômago da vítima.

Keliane morreu antes mesmo de entrar na sala de cirurgia para verificar o sangramento, que poderia ter localizado o bisturi. “A justiça do povo yanomami será forte porque a nossa falecida foi assassinada, não estamos satisfeitos desse fato criminoso”, advertem os moradores da comunidade yanomami Bicho Açu.

Colaboração para o Expresso AM, em Manaus:

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