MANAUS (AM) – O médico Israelson Taveira Batista, de 42 anos, foi preso nesta terça-feira (5) após desdobramento da Operação Hipócrates, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas. Segundo a polícia, ele supostamente vendia seus plantões para Gabriel Ketzer da Silva, um estudante de Educação Física que não tinha formação em medicina e atuava em hospitais.
Israelson é fundador do Instituto Asas pela Amazônia, que realiza ações sociais com atendimentos gratuitos principalmente para crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade. O estudante de Educação Física também participava dos eventos “consultando” os pacientes como se fosse médico.
Nas redes sociais, Israelson postava fotos de seu dia a dia e diz ser conselheiro do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conede/AM). Sua última postagem foi em abril, quando Gabriel foi preso, ocasião em que ele fez um post sobre o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo.
Segundo dados do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CREAM), o médico se formou na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em 2013 e não tem especialidade registrada. Em suas redes, Israelson diz ser pediatra.
Além de defensor dos autistas e da saúde pública inclusiva, no ano passado ele tentou ser vereador, mas não se elegeu. Já em 2022, tentou ser deputado estadual. “Doutor Israelson tem um compromisso firme com os cidadãos de Manaus. Sua dedicação em garantir saúde de qualidade e inclusão para todos reflete seu amor pela nossa cidade. Ele acredita que cada manauara merece respeito e atenção, e está pronto para lutar por um futuro melhor. Juntos, podemos construir uma Manaus mais justa para todos”, diz uma de suas postagens.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que também instaurou processo de sindicância para apurar a conduta do servidor em questão, que já se encontra afastado de suas funções. A secretaria reforça que os procedimentos realizados, durante o período em que o servidor esteve em atividade, também estão sendo devidamente apurados.

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