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Entenda por que imunidade de rebanho pode ter afetado a população manauara

Foto: Reprodução

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MANAUS-AM| Conforme as mais de 6 mil amostras de sangue doadas pelo hemocentro de Manaus, os pesquisadores da USP, em parceria com outras instituições como as universidades de Harvard e de Oxford, concluíram que entre 44% e 66% da população de Manaus já foi exposta ao coronavírus. Eles acreditam que a imunidade de rebanho é um dos fatores levados em consideração nas previsões sobre a evolução da pandemia.

Com testagens em diferentes momentos, foi possível corrigir questões como falsos negativos, além de permitir avaliar que, com o passar do tempo, a quantidade de anticorpos contra a covid-19 varia, sendo que, em aproximadamente 8% dos casos, os anticorpos não conseguem ser detectados nem na fase mais aguda da infecção.

A imunidade coletiva, no entanto, não deve ser interpretada como uma estratégia contra a covid-19, alertam especialistas. “[O estudo] não deve ser considerado política pública mas a constatação de uma realidade”, escreveu nas redes sociais o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz Júlio Croda.

Em julho, o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da organização, Marcos Espinal, reforçou que não recomenda que países tentem obter a imunidade de rebanho já que a perda de vidas seria massiva. Como a infecção não é tão leve quanto outras, não é possível que todos se contaminem ao mesmo tempo e se imunizem dessa forma.

Segundo especialistas, apostar nessa estratégia sem cautela poderia sobrecarregar o sistema de saúde. “O custo em termos de vidas perdidas será imenso, assim como o custo econômico”, disse Espinal.

Manaus foi uma das cidades mais afetadas pela covid-19, registrando, oficialmente, mais de 47 mil casos e 2,4 mil mortes pela doença.

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