RIO GRANDE DO SUL | O jovem Jaime Schoeninger dos Santos, 23 anos, foi preso no último domingo (14), durante o enterro da própria família em Tunas, no Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul. O rapaz confessou o triplo homicídio ocorrido sexta-feira (12), mas ressaltou que não tinha intenção de matar a mãe e a irmã de um ano e quatro meses.
Depois de atirar no pai, ele colocou fogo na casa e as duas morreram abraçadas, trancadas no banheiro. A polícia ainda apurou que ele, depois do crime, passou a noite em uma boate. As vítimas eram Adão Antunes dos Santos, 66 anos, e Marlene Schoeninger, 43 anos, além da bebê Jamile Schoeninger dos Santos.
Em depoimento, o homem confessou o crime, mas que havia se defendido do pai após uma discussão. A polícia destaca que o preso disse ter discutido com Adão pelo fato dele o ter proibido de ir em uma boate na cidade na última sexta-feira. Após discussão, o homem revelou que o pai errou dois tiros e que ele revidou, com outra arma, atirando no idoso.
Depois dos tiros, Jaime relatou que colocou óleo diesel no corpo do pai e colocou fogo. As chamas se espalharam e atingiram a casa inteira, que fica em uma área rural, distante de outras residências. A mãe e a irmã, que estavam trancadas no banheiro, morreram abraçadas no incêndio. A polícia destaca que o preso afirmou não ter intenção de matar as duas, mas também não prestou socorro.
A polícia acredita que a motivação para o crime teria sido o fato de os pais passarem todos os bens da família à irmã, porque ele não estaria ajudando no trabalho rural. Segundo uma das testemunhas ouvidas pelos policiais, Jaime teria passado a noite em uma boate da cidade, rindo e sem mostrar qualquer tipo de remorso.
Além de esclarecer os motivos para o triplo homicídio, a polícia tenta descobrir se o pai de Jaime morreu devido aos disparos ou carbonizado. Duas armas foram entregues pelo preso para a investigação e elas serão periciadas — uma da vítima e outra do autor confesso.
