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Dois mil jumentos serão sacrificados até outubro em cidade do norte da Bahia

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Manaus –  O Governo da Bahia resolveu tomar uma atitude radical contra os jumentos apreendidos nas rodovias do estado (federais e estaduais): abater os bichos.

Desde a segunda-feira (11), mais de 300 já foram mortos e até o final do ano mais 2.000 devem ter o mesmo destino.

A iniciativa visa conter os acidentes causados por animais na pista, cuja estatística o Governo da Bahia diz não possuir.

O abate está sendo realizado por um matadouro da cidade de Miguel Calmon, alvo de representação no Ministério Público Estadual por supostas irregularidades no serviço – o Governo da Bahia garante que o matadouro trabalha dentro da legalidade.

De acordo com a Seagri (Secretaria de Agricultura da Bahia), “toda a atividade contou com a inspeção de cinco médicos veterinários da Adab [Agência de Defesa Agropecuária da Bahia], que garantiram o cumprimento de todas as exigências higiênico-sanitárias e de bem-estar animal”.

Antes do abate, os animais são encaminhados a uma propriedade para realização de exames clínico e laboratorial, informou a Seagri. O couro será vendido aos chineses, a carne alimentará animais do zoológico de Salvador e o restante transformado em ração animal.

Os chineses têm interesse no couro dos jumentos para a fabricação de cosméticos. Seguindo uma cultura de medicina com milhares de anos, alguns chineses acreditam que produtos de beleza fabricados com a raspagem do couro de jumentos faz bem à saúde humana. Como na China há poucos jumentos, os empresários vieram para o nordeste brasileiro buscar, já que aqui há um excedente de animais.

Os jumentos foram explorados por gerações para o transporte de carga e transporte de pessoas, especialmente na região nordeste. Com a chegada de automóveis e motos cada vez mais acessíveis à população, os jumentos começaram a ser abandonados.

O controle de natalidade é inexistente e eles se multiplicam às beiras das estradas, tornando-se um problema para a população. O problema, vale ressaltar, teve início na exploração histórica desses animais.

Como mais uma forma de exploração, vender a pele dos jumentos para a China pareceu algo lucrativo e fácil para o matadouro Frigocezar e também para o governo da Bahia.

 

Expressoam:

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