CEARÁ-MIRIN (RN) – A Justiça determinou o afastamento de 10 policiais penais lotados na cadeia pública de Ceará-Mirim, na Grande Natal, em decorrência de denúncias de agressões contra o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral. O detento cumpre prisão preventiva desde julho deste ano, acusado de tentativa de feminicídio contra a então namorada, Juliana Soares, que levou mais de 50 socos e teve o rosto desfigurado.
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) cumpriu a decisão e realocou os servidores para o Complexo Penal Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, no Oeste potiguar. Em nota oficial, a pasta afirmou que a transferência atende à “incontestável necessidade do serviço público” e garante a continuidade das atividades do sistema prisional.
Contexto do caso
Igor Cabral alega ter sido vítima de agressões no início de agosto, logo após sua transferência para a unidade prisional de Ceará-Mirim. O ex-atleta está preso desde 26 de julho, quando foi detido em flagrante por atacar Juliana Soares com 61 socos dentro do elevador de um condomínio em Natal. As imagens de segurança registraram toda a violência, mostrando a vítima sendo agredida repetidamente sem possibilidade de defesa.
O caso ganhou ampla repercussão pela brutalidade. Segundo relato inicial da vítima, registrado em bilhete entregue à polícia, já que ela não conseguia falar após as agressões, o ex-jogador teria afirmado que iria matá-la durante o ataque.
A prisão em flagrante foi convertida em preventiva após audiência de custódia, e em 7 de agosto Igor Cabral tornou-se réu formalmente por tentativa de feminicídio. A Seap informou que colabora integralmente com as investigações sobre as supostas agressões ao detento e cumpre todas as determinações judiciais.
