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Detentos ligados ao PCC são transferidos para presídio em Itacoatiara

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Manaus – A segurança da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) para onde foram transferidos os 20 presos ameaçados de morte da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, também é administrada pela empresa Umanizzare Gestão Prisional e Serviços Ltda. A mesma responsável pela segurança do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde foi registrada uma fuga em massa e a morte de 56 internos durante uma rebelião; e da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), onde quatro presos foram assassinados. Todas as mortes ocorridas nos presídios de Manaus nos dias 1° e 2 de janeiro foram motivadas por uma “briga territorial” entre as facções criminosas Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC).

A Umanizzare ainda atua no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista), onde também ocorreu uma fuga em massa no dia 1° de janeiro. Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), a fuga em massa no Compaj e no Ipat foi ao total de 184 internos.

A transferência dos 20 presos para a UPI foi determinada pelo juiz plantonista Flávio Henrique Albuquerque de Freitas, atendendo ao pedido da Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM). A solicitação foi feita após informações da Seap de que esses presos correm risco de vida na cadeia, onde na madrugada de domingo (8), foram mortos quatro presos em conflito entre internos.

De acordo com o defensor público geral do Amazonas, Rafael Barbosa, que esteve na cadeia no domingo após o conflito, a Seap informou que há risco iminente de novas mortes devido ao clima de animosidade que ainda persiste. De acordo com informações da Seap, entre os transferidos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) para a Cadeia há grupos de lideranças distintas cujos conflitos acirraram-se.

“Não há, dentro da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, qualquer local em que eles possam ser mantidos seguros e livres de qualquer risco. Por este motivo, é urgente e necessária a transferência dos custodiados para outro local, dentro do Estado do Amazonas, seja na capital, preferencialmente, ou em comarcas próximas nas quais haja vagas e estrutura mínima”, diz o pedido da Defensoria.

Imagem da UPI retirada do site da Umanizzare. Foto: Reprodução/Internet

A Umanizzare recebeu R$ 653,2 milhões do governo estadual nos últimos quatro anos para prestar serviço de gerenciamento das unidades prisionais. No ano passado, a Seap pagou à Umanizzare, conforme o Portal da Transparência do governo do Amazonas, R$ 302,2 milhões, sendo R$ 300,9 milhões de despesas do próprio ano e R$ 1,2 milhão restante de restos a pagar do exercício anterior. Em 2015, o valor desembolsado pela secretaria foi de R$ 199,5 milhões. Em 2014, a empresa já havia recebido R$ 137,2 milhões.

Em 2013, quando começou a atuar no sistema carcerário do Estado, a empresa ganhou R$ 14,2 milhões de um contrato de R$ 31,8 milhões para serviços de apoio de atividades administrativas, técnicas e operacionais nas áreas jurídica, psicológica, médica, odontológica, psiquiátrica, assistencial, esportiva e social a Sejus, hoje Seap. No Amazonas, a Umanizzare atua na Unidade Prisional de Puraquequara (UPP), no Instituto Penal Antonio Trindade (IPAT), no Centro de Detenção Provisória Feminino e Masculino (CDPF e CDPM), no Complexo Prisional Anísio Jobim (COMPAJ) e na Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI).

Com informações Portal Acrítica. 

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