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Deputada Erika Kokay critica justiça do Amazonas por perdoar pena de Adail Pinheiro

Deputada Érika Kokay, líder do PT na Câmara Legislativa do DF

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Manaus – A deputada federal do Distrito Federal Érika Kokay (PT), que presidiu a CPI da Pedofilia na Câmara dos Deputados, entre 2013 e 2014, criticou, nesta quarta-feira, 25, a decisão da Justiça de conceder indulto e extinguir a pena do ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro, que responde a vários processos e só recebeu condenação em um deles. O único processo que Adail Pinheiro foi julgado e condenado só destravou no Judiciário do Amazonas depois que Érika Kokay fez uma denúncia sobre a lentidão da análise do caso no Estado ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Em sua rede social, Kokay questionou: “Durante a CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, ouvimos o depoimento do ex-prefeito e de suas vítimas. Adail é suspeito de explorar sexualmente mais de 100 meninas.Como esta pessoa pode ser solta? Que justiça é essa que permite que ele seja solto?”.

Adail Pinheiro conseguiu a extinção da pena de prisão por decisão do juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Luís Carlos Valois. Ele argumentou que o ex-prefeito foi beneficiado por se enquadrar no artigo 3° do Decreto Presidencial n° 8.940/16, de 22 de dezembro de 2016, do presidente Michel Temer, que concede o perdão da pena “nos crimes praticados sem grave ameaça ou violência à pessoa, quando a pena privativa de liberdade não for superior a 12 anos, desde que, tenha sido cumprido um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes”.

Morosidade da Justiça

Em novembro do ano passado, quando esteve em Manaus para uma palestra na UEA, Érika Kokay, em entrevista ao ATUAL, demonstrou preocupação com a morosidade da Justiça em analisar processos de Adail Pinheiro:

A deputada federal demonstrou preocupação com a morosidade dos processos contra Adail Pinheiro que envolvem desvio de dinheiro público. “Ele tem vários processos e o que nos preocupa e vamos ver o que precisa fazer, em Brasília, é que não têm caminhado os processos de corrupção. Porque ele foi alvo da Operação Vorax, da Polícia Federal, para evitar a malversação de recursos públicos, uma prática corrupta e, nesta investigação se detectou, pelas escutas autorizadas, que havia uma rede estruturada ao seu serviço de exploração sexual de crianças e adolescentes”.

Érika Kokai afirmou ainda, na ocasião, que para que os casos de exploração sexual fossem analisados no Judiciário amazonense houve denúncias de leniência. “Então, assim, na CPI, houve uma pressão muito grande. A gente teve que fazer uma enfrentamento muito forte com o Judiciário do Amazonas. Inclusive de denunciar seu caráter leniente. Para fazer com que o processo andasse um deles estava em outro estado e não tinha nenhum encaminhamento do Poder Judiciário com relação aos processos contra ele. E o que estamos vendo é que também está parado o processo da Operação Vorax, realizada em 2008. Tem que identificar onde estão os processo e pressionar”, afirmou.

Com informações Amazonas Atual. 

Expressoam:

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