MANAUS – AM | Na tarde desta terça-feira (12), um profissional do Hospital Samel entrou em contato com a equipe do Portal Expresso AM, solicitando a retirada das denúncias feitas recentemente contra a unidade hospitalar.
As denúncias, que foram feitas pelos próprios pacientes e seus acompanhantes, e até mesmo funcionários, através do envio de vídeos e imagens, acabaram sendo relatadas e veiculadas através do Expresso AM, repercutindo nas redes sociais e gerando grande indignação.
O urologista Pedro Cintra, que atende na unidade, rebateu as acusações, afirmando que a Samel é uma das melhores referências no tratamento contra a Covid-19 em Manaus. Ao ser questionado sobre o número de óbitos registrados na unidade somente hoje, o médico se alterou e fez uso de palavras de baixo calão, mandando a equipe “tomar no c*”, além de fazer ameaças.
Segundo ele, as denúncias não surtiriam efeito, pois a unidade tem “a Justiça nas mãos” e que o hospital está “faturando milhões” com a Covid.
Nas últimas semanas, a Samel tem sido denunciada por diversas famílias que estão insatisfeitas com o atendimento no local. Nas redes sociais, ex-pacientes relataram o abuso de taxas cobradas no hospital para receberem um atendimento adequado. Os internautas também se questionaram sobre o uso da cápsula Vanessa, tão citada e indicada no início da pandemia.
“Só funcionou quando tinha propósitos eleitoreiros! Passou as eleições, cadê o Ricardo Nicolau bondoso e cheio de amor?”, questionou um perfil.
“A mãe da minha amiga depois de 3 dias internada aí na Samel, foi convidada a se retirar da unidade pois não tinha mais dinheiro!! E o pior de tudo, a própria família que teve que dar o jeito de levar o paciente por conta e risco da unidade”, relatou uma outra internauta.
O objetivo do portal Expresso AM, assim como qualquer outro veículo de informação, é mostrar de forma transparente as dificuldades enfrentadas pela população no meio do caos instalado pela nova onda de Covid-19. A tentativa de censura por parte dos profissionais de saúde reflete o desespero em assumir o colapso em que se encontra as unidades de saúde, sejam elas públicas ou privadas.