AMAZONAS – Uma nova ação da Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) está pedindo perdão para a indígena Kokama vítima de estupro dentro de uma delegacia no Amazonas. Ela é investigada por por homicídio em Manaus em 2018, mas acabou violentada por policiais militares e um guarda municipal na delegacia de Santo Antônio do Içá (AM). O pedido será encaminhado ao presidente Lula.
Atualmente ela está em semiliberdade, autorizada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Se for perdoada, ela não responderia mais pela acusação de homicídio. De acordo com a Defensoria, o caso se encaixa na situação de indulto humanitário.
Segundo a Defensoria, os abusos provocaram danos físicos e psicológicos, inclusive por terem sido cometidos na frente do filho recém-nascido.
O pedido é do Defensor Público Geral, Rafael Barbosa, e do defensor Theo Costa, coordenador do Núcleo de Atendimento Prisional (NAP).
“Os crimes hediondos cometidos pelo Estado contra essa mulher indígena anularam não apenas o poder moral de punir, mas também o legal. Nem mil anos de prisão causariam tanto sofrimento quanto os nove meses que ela passou naquela delegacia”, afirmam os defensores.
Os suspeitos estão sendo investigados. Eles são o soldado Nestor Martin Ruiz Reátegui e Luiz Castro Rodrigues Júnior, o 1º Sargento Osiel Freitas da Silva, o Cabo Claudemberg Lofiego Cacau e o Guarda Municipal Maurício Faba Nunes