MANAUS – A segunda matéria especial da série sobre as eleições 2026 aborda hoje duas figuras políticas da direita controversas no Amazonas: a deputada estadual Débora Menezes e o pai dela, o ex-superintendente da Suframa, Coronel Menezes.
Em 2022, a jovem eleita parlamentar na esteira do bolsonarismo furou a bolha e conseguiu colocar a família no poder, ao passo que o pai, de quem se esperava ser o primeiro eleito dentro de casa, perdeu a vaga no Senado aos 45 do segundo tempo para o senador Omar Aziz. Em 2026, ambos estarão novamente pedindo votos, mas carregando uma bagagem de tretas com antigos aliados e tentando explicar projetos criticados pela opinião popular.
“PÉ FRIO”
Desde que foi alçado a superintendente da Suframa, Menezes tornou-se um player na política amazonense e decidiu que ser candidato a prefeito de Manaus na esteira da popularidade do ex-presidente seria um plano viável. O Coronel construiu uma amizade com o líder de direita desde os anos 80, quando compartilharam a vida militar no Exército, a ponto de tornaram-se compadres.
Só que ao passo em que foi entrando na esfera política Menezes foi acumulando tretas. Perdeu a eleição em 2020 ao não aceitar se aliar com outros nomes da direita, mas ganhou os primeiros “inimigos”. A segunda tentativa, em 2022, foi a mais decepcionante.
Os apoiadores de Menezes chegaram a comemorar a eleição dele ao Senado, mas os votos do interior deram a Omar Aziz a vaga em Brasília. Ano passado, mais uma tentativa frustrada, como vice na chapa de Roberto Cidade, e derrota no primeiro turno, um quarto lugar amargo.
LEIS POLÊMICAS
Débora Menezes teve mais sorte que o pai e conseguiu ser eleita deputada estadual na primeira tentativa. Só que o mandato da bolsonarista foi marcado por polêmicas.
As duas mais recentes foram a cópia de um projeto que colocaria a bandeira da Paraíba como símbolo do Amazonas e um PL para proibir artistas de se apresentarem em eventos com temas políticos, o que foi taxado de censura.
Ano passado, a parlamentar pagou um “mico”, ao se abaixar nas pernas de Bolsonaro em Manaus para garantir uma foto para as redes sociais.
Copia
TROCA DE PARTIDO
Coronel Menezes segue no comando do Partido Progressistas, mas avalia trocar de sigla para o Partido Republicanos e disputar uma vaga para o Senado ou Câmara Federal, mas uma tentativa de espantar a fama de pé frio, que só não foi pior do que ter sido criticado publicamente por Jair Bolsonaro, de quem perdeu a proximidade por conta da política e ganhou uma indireta.
O troca troca de partido, desde os tempos de PL, é uma outra bagagem pesada sobre as costas de Menezes, que jamais teve coragem de comentar o vídeo de Bolsonaro que você abaixo.







