MANAUS – Não faltou dinheiro. Em meio à comoção na cidade de Manaus por conta da morte da biomédica Giovana Ribeiro da Silva, de 29 anos, que morreu no domingo (22), vítima de um buraco na avenida Djalma Batista, está em discussão a inoperância e incapacidade da Secretário Municipal de Infraestrutura (Seminf), comandada pelo vice-prefeito Renato Júnior, fiel escudeiro do prefeito David Almeida.
Em 2025 o orçamento da Pasta prevê execução de R$ 881,5 milhões. Valor corresponde a 8,39% do orçamento total da Prefeitura de Manaus, que é de R$ 10,5 bilhões. Mas não é “só isso”.
O Governo do Amazonas investiu pesado e repassou para a Prefeitura valores significativos especificamente para asfaltar Manaus. “Entre 2021 e 2022, foi repassado à Prefeitura de Manaus R$ 181,8 milhões, relativos a três convênios do projeto Asfalta Manaus”, afirma a Seinfra.
Os dados são reforçados por execuções diretas do Governo do Amazonas. Foram realizados três convênios entre o governo estadual e a prefeitura de Manaus para o programa “Asfalta Manaus”. O primeiro convênio envolveu um repasse de R$ 100 milhões, com contrapartida do município, segundo informações da prefeitura de Manaus.
O segundo foi de R$ 50 milhões, e o terceiro, de R$ 31,8 milhões. No total, os repasses para a prefeitura de Manaus referentes aos três convênios somaram R$ 181,8 milhões, conforme dados da UGPE.
CADÊ O ASFALTO?
A morte da biomédica é apenas mais um capítulo da saga que Manaus enfrenta na gestão David Almeida. A própria população tem denunciado a inoperância da Seminf de Renato Júnior nas redes sociais. Com vídeos de buracos, acidentes e protestos contra a dupla Davi/Renato.
Sem resposta, a própria população vem se mobilizando para pedir o impeachment da dupla, com direito a protesto nas ruas de Manaus e forte desgaste para o prefeito, que nos bastidores age para ser candidato a governador do Amazonas em 2026 e deixar Renato no comando da cidade.
VICE-PREFEITO MUITO RICO
Apesar dos problemas de Manaus, Renato Junior é um fenômeno da multiplicação do patrimônio. Em 2018 possuía R$ 30 mil em bens declarados, ano passado chegou a R$ 3,15 milhões.
Com salário de R$ 12 mil por mês, não conseguiu explicar até hoje como enriqueceu tanto em tão pouco tempo, enquanto deixa Manaus “sangrar” sem infraestrutura.