RIO DE JANEIRO | Na última quarta-feira (22), Odorico Luiz Rocha, de 23 anos, achou no lixo de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, algo que poderia mudar sua vida.
O mecânico que decidiu virar catador para conseguir sustentar a família na pandemia encontrou uma chapa de lanches na rua e apostou na oportunidade. Mal ele sabia que, depois de muitas emoções, sua vida mudaria mesmo.
Em casa, Dorico, como é conhecido, testou a chapa: funcionava. Incentivado pela mulher, Hellen — com quem teve três filhos e espera o quarto —, o jovem limpou o equipamento e, com tijolos e um armário velho, improvisou uma banquinha de lanches na porta de casa, no bairro Valverde.
Ao postar seu mais novo negócio na internet, Dorico viu o lado mais perverso das redes sociais. “Só pode estar de sacanagem! Coé, Dorico!”, “Você nunca vai vender nada!”, “Vai ser hambúrguer com ratazana!”, zombaram.
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Mas teve gente que enxergou Dorico com um outro olhar.
“Ninguém merece passar por uma humilhação dessa”, disse Carlos Alberto Soares, dono de uma pizzaria vizinha que viu a barraca e leu os ataques.
Carlos e o amigo Gabriel Borges, então, decidiram ajudar Dorico. Abriram uma vaquinha na internet que arrecadou em poucas horas quase R$ 3 mil.
Com esse dinheiro, já na sexta (24) o jovem reinaugurava seu ponto, com lona, uma chapa profissional, equipamentos e aventais. Deu ainda para mudar o visual e comprar fraldas para os filhos.







