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Casal de pastores donos de clínica clandestina tinha 50 pacientes que eram agredidos e mantidos em cárcere

Os pacientes não tinham alimentação adequada e nem medicação. Foto: Divulgação

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ANÁPOLIS (GO) – Cinquenta pacientes foram resgatados após serem torturados e mantidos em cárcere privado numa clínica clandestina de dois pastores de uma igreja evangélica em Anápolis, a cerca de 55 km da capital goiana. A mulher, Suelen Klaus, foi presa e o marido Junior está foragido.

A prisão ocorreu na noite dest terça-feira (29). Além da mulher, outras cinco pessoas foram presas e devem responder por tortura e cárcere privado qualificado. Suelen é ainda servidora da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) de Anápolis.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Manoel Vanderic, o pastor fugiu da clínica por uma mata. O líder religioso é pastor da Igreja Batista Nova Vida de Anápolis.

As vítimas são homens, entre 14 e 96 anos. Entre eles, há pacientes com deficiência intelectual, cadeirante, autista e alguns dependentes químicos. Todos eram trancados em ambiente insalubre e tinham alimentação precária. As vítimas não recebiam medicação ou acompanhamento médico.

Consta nas investigações que eles foram levados de forma ilegal e involuntária ao local, onde eram confinados mediante pagamento de, no mínimo, um salário mensal. Vários apresentavam lesões graves, desnutrição e confusão mental compatível com sedação.

As vítimas foram acolhidas pelos serviços de saúde mental e assistência social da Prefeitura de Anápolis, onde passaram a madrugada desta quarta-feira (30/8) recebendo alimentação, higiene e primeiros socorros.

Os servidores municipais realizaram a identificação das vítimas e tentam localizar familiares, já que muitos são de outros estados. Alguns precisaram de hospitalização e foram resgatados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Colaboração para o Expresso AM, em Manaus:

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