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Cheia: dois municípios em situação de emergência e sete em alerta no AM

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Manaus –   Os municípios de Guajará e Ipixuna, ambos na Calha do Rio Juruá, são os dois primeiros do Amazonas a declarar situação de emergência em 2017 por conta da subida dos rios nesta temporada de chuvas na região. Os dados fazem parte do levantamento semanal realizado pela Associação Amazonense de Municípios (AAM) junto às prefeituras para orientar os gestores sobre ações e procedimentos a serem tomados em casos de calamidade pública.

O levantamento também indica que os municípios de Carauari, Itamarati, Eirunepé e Envira – também localizados na região sudoeste do Estado – já decretaram estado de alerta, assim como os municípios de Manicoré, Nova Olinda e Novo Aripuanã, na calha do Rio Madeira.

Os decretos ainda carecem do reconhecimento da Defesa Civil Federal e do Estado (que já enviou equipes para acompanhar a situação in loco), para que as prefeituras possam atuar efetivamente na aquisição de alimentos e remédios para os desabrigados.

“A AAM está atuando diretamente na intermediação das demandas dos municípios com o Estado e a União para acelerar o processo de reconhecimento. Hoje mesmo (8), levarei esse relatório para o governador José Melo, que certamente vai acionar os órgãos estaduais para as primeiras ações de apoio”, explicou o presidente da associação, João Campelo.

Desabrigados

Em Guajará (a 1.487 km de Manaus), que decretou Emergência no dia 1º de fevereiro, o prefeito Ordean Gonzaga, afirmou que 5,5 mil pessoas estão desabrigadas e foram transferidas para as escolas da sede, fato que irá atrasar o início do ano letivo na rede municipal de ensino.

“A prefeitura está fazendo o que é possível, arcando com as despesas de água potável, comida, transporte e alojamentos. Temos graves problemas no atendimento médico. Os hospitais estão lotados de pacientes e há grande demanda”, afirmou Gonzaga.

O prefeito também relatou que a produção rural de Guajará –principalmente de farinha, que exporta para Manaus e para o Estado do Acre – está completamente perdida. “Os agricultores que pediram empréstimo da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) para plantar, perderam tudo e não tem como pagar. Vamos pedir ao governo um prazo maior ou até anistia para esses trabalhadores”, acrescentou.

Em Ipixuna (a 1.380 km de Manaus), a maior parte da sede está submersa, afetando todos os serviços públicos. De acordo com a prefeita Maria do Socorro de Paula, o início das aulas também foi cancelado e as escolas que ainda tem condições de uso, estão sendo usadas como abrigo para a população.

“Ainda não temos estatísticas de quantas famílias foram afetadas, mas pedimos apoio de todos que puderem ajudar e doar alimentos, roupas e água”, solicitou a prefeita, que decretou situação de emergência no último dia 2.

Expressoam:

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