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Álvaro Campelo, o que mais faltou sessões em 2022 e é autor de CPI ‘miada’ tenta se reeleger

Em busca de votos, o deputado estadual vem justificando suas faltas. Foto: Reprodução

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MANAUS (AM) – Em mais uma matéria da série “Raio-X da Política”, o deputado estadual e candidato à reeleição Álvaro Campelo (PV) é o centro das atenções nesta semana. Mais conhecido como autor da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Combustíveis da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), este ano o deputado também deu o que falar pelas constantes faltas às sessões na casa do povo.

De acordo com dados do próprio site da Aleam, Álvaro Campelo foi quem mais faltou. Até o início de junho, ele esteve presente em 28 sessões e ausente em 19.

No entanto, a assessoria do parlamentar explicou que ele estava de licença para tratamento de saúde. Um atestado foi protocolado junto à Mesa Diretora da Assembleia.

Mas motivo de saúde são alheios à nossa vontade, já o que gastamos é possível ser controlado. Ou não. Isso porque, desde o início do seu mandato, R$ 1,3 milhão da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, popularmente conhecida como “Cotão”, já foi usado.

Em 2019, primeiro ano do mandato como deputado estadual, Campelo utilizou R$ 341.202, 21 da verba total que tinha disponível.

No ano seguinte, usou R$ 298.404,89, passando em 2021 para um total de R$ 441.322,37.

Este ano, em plena campanha, o parlamentar já gastou até junho o valor de R$ 253.451,01. Lembrando que, praticamente, de licença médica.

CPI deu pizza?

O parlamentar foi quem propôs a criação da ‘CPI dos Combustíveis’, realizada na Aleam de abril a agosto de 2019. A promessa era revelar a existência de um cartel entre os postos de combustíveis, mas não deu em nada, só bastante confusão.

“A CPI apontou para cartel de combustíveis e vou repetir em alto e bom som: a CPI apontou para conluio, entende-se: cartel”, disse na época Campelo.

Os deputados-membros da CPI eram: Joana Darc (presidente), Alessandra Campelo (relatora), Abdala Fraxe, Fausto Júnior e Álvaro Campelo, autor da Comissão.

No mesmo dia da apresentação da conclusão dos trabalhos, o atual vereador e na época, interino da Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor e Ouvidoria, Rodrigo Guedes, criticou a condução da CPI e acusou os deputados de terem feito uma encenação.

Guedes falou que tudo terminou em “pizza”. Segundo ele, a Comissão não utilizou todos os instrumentos que possuía para investigar a fundo.

‘Não conseguiu ir além’, diz assessoria

De acordo com nota da assessoria do deputado, a CPI fez mais de 20 visitas a postos, mas não conseguiu ir além, uma vez que isso dependeria “de ferramentas de investigação, como por exemplo, escutas telefônicas e registros fotográficos”.

Briga de trânsito

Retrocedendo alguns anos, em fevereiro de 2018, quando ainda vereador, Campelo se envolveu numa confusão com policiais militares no trânsito de Manaus. Ele foi parado numa blitz, perto da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

A esposa do então vereador estava deitada no banco, sem cinto de segurança. Ao levar a multa, Campelo não teria gostado e ligou para o comandante-geral da PM, da época, coronel David Brandão, chateado.

Na época, um vídeo da abordagem circulou nas redes sociais e a população disse que o vereado à época queria dar “carteirada”.

O coronel, no entanto, confirmou em nota que houve a multa. A nota dizia, também, que ao ser parado na blitz, o deputado começou a buzinar, não queria apresentar os documentos e acelerou.

Colaboração para o Expresso AM, em Manaus:

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