BRASIL – O sambista Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (23), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Afastado dos palcos desde 2017, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o deixou com sequelas motoras e cognitivas, o artista era considerado um dos maiores compositores de sua geração.
Nascido e criado em Madureira, Arlindo iniciou a carreira aos 17 anos no disco “Roda de Samba” de Candeia. Foi um dos fundadores da roda de samba do Cacique de Ramos, berço do pagode carioca, onde conviveu com Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e Jovelina Pérola Negra. Integrou o Fundo de Quintal entre 1982 e os anos 1990, quando partiu para carreira solo.
Autor de 795 músicas registradas no Ecad, compôs sucessos como “Só Pra Contrariar” e “Boto Meu Povo na Rua”. Foi parceiro musical de Sombrinha em três álbuns e compositor de sambas-enredo memoráveis para o Império Serrano, escola onde desfilou pela Ala dos Compositores.
Seu último trabalho foi o samba-enredo “Silas Canta Serrinha” (2016). No Carnaval 2023, o Império Serrano o homenageou com o enredo “Lugares de Arlindo”. Deixa a esposa Babi Cruz, com quem foi casado por 35 anos.







